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28/04/2012
As Visões e êxtases do Padre João Batista Réus
Pe João batista Réus. SJ.
Pe João batista Réus. SJ.
Eis um breve relato de algumas visões do padre Reus, com relação à maravilhosa realidade sobrenatural da Santa Missa.
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Este sacerdote teve, a graça de ver sem véu o que acontece de sobrenatural durante a celebração da Santa Missa (O SANTO SACRIFÍCIO), celebrada por qualquer Sacerdote ordenado. A Santa Missa um mar de graças; o Sacerdote , outro Cristo.
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Deus escolheu este sacerdote para mostrar a todos os sacerdotes e a todo povo cristão, quanto Deus os ama e espera ser correspondido.
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O padre Reus viu tudo o que acontece de maneira invisível (mística) em cada ato de qualquer sacerdote ordenado ao celebrar os Santos Mistérios. Mesmo que nossos olhos humanos não vejam, mas acontece tudo real e vivo necessário a nossa salvação.
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No seu diário em 22 de Julho de 1938 escreveu:
N° 2310 - ...“Minha vida tem uma única finalidade: mostrar como o divino amigo dos sacerdotes ama os seus ministros e os encera em seu coração”. Deles espera amor ardente.
1. O padre provincial aprova os fenômenos Místicos.
1392 – 11 de março de 1933. Pouco antes da Comunhão, na ação de graças, fiquei todo em chamas, da cabeça aos pés. Não vi as chamas apenas no coração, mas também saindo do peito. Hoje de manhã, logo ao levantar-me, ofereci o meu coração em chamas ao Sagrado Coração de Jesus como se fosse um coração nupcial 48.
48 - Referência ao Cântico dos Cânticos da Sagrada Escritura. A partir desse dia, começa a ilustrar o texto dos relatórios dos fenômenos místicos com desenhos, feitos a bico de pena. Ao todo são 1.184. São considerados uma raridade em obras místicas.
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2. O Fogo da Cruz.
1736 – 1º de abril de 1936. O fogo da cruz, de ontem, ainda ardeu hoje, durante a visita das 9h, e continua ardendo. À tarde, pelas 2h, como de costume, rezei o breviário na capela. Por causa do ardor, descobri o peito na altura do coração e, assim, terminei de rezar o breviário. Às 6h, visita (quarta-feira, na semana da Paixão). A cruz do fogo, que ainda vejo em mim, expandiu-se nas quatro partes do coração, colocando todo o meu perfil numa grande cruz de fogo. Assim, fiquei, por pouco tempo, em pé, diante do Santíssimo, de braços erguidos. À noite, veio-me o pensamento se é essa a cruz que o Amado Salvador me concede, a meu pedido diário, de morrer por Ele na cruz?
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1744 – 9 de abril de 1936. Quinta-Feira Santa. Às 11h
fiz visita ao Santíssimo Sacramento. De repente, irrompeu o ardor de amor. Tive que levantar-me e estender os braços. Nisso, vi uma poderosa chama expandir-se desde o interior e, em vez da cruz simples, envolveu-me totalmente. Depois a chama se modificou e da cruz de fogo saíam chamas de fogo ondulantes para o alto. Torci-me de um lado para o outro, a fim de me livrar delas. Em vão. À 1h45min, eu estava na capela doméstica. Vi a pequena cruz de chamas em mim, mas não percebi nenhum ardor diante da grande cruz. Acrescento isso, para demonstrar que essas coisas não dependem de mim. Também ontem, durante a visita, pensava que o ardor que já sentia, poderia novamente levar à grande cruz do fogo. Apesar dessa minha lembrança, ela não se manifestou.
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3. Sagrado coração de Jesus; o sol da minha vida.
1784 – 20 de julho de 1936. Quando, durante a oração da terça, cheguei à palavra “sol”, vi meu coração no meio de um sol. Resisti. Em vão. Rezo o breviário desde 1892. Jamais imaginei algo semelhante. Não posso suprimir isso. Preciso escrevê-lo. Que seja em honra do Sagrado Coração de Jesus, o sol de minha vida.
1785 – 21 de julho de 1936. Ontem à tarde, estive deitado, doente. Vi, de repente, como o sol, em que se encontrava meu coração, aumentou e me cercou totalmente. Disse para mim mesmo: Cuidarei de não dar valor a isso. Mas era mais fácil dizê-lo do que fazê-lo. Vi-me cercado pelo sol, às vezes mais claro, outras menos. Também hoje de manhã, percebi que não poderia evitar isto. Durante a Missa, aconteceu a mesma coisa. Mas, de modo especial, quando coloquei o paramento para distribuir a Comunhão aos seminaristas. Isso eu também tive que desenhar. Sou realmente escravo do Sagrado Coração de Jesus. Devo fazer o que ele quer.
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4. Vi-me no Sagrado Coração de Jesus.
1786 – 22 de julho de 1936. Dulcíssimo Coração de Jesus. Ontem à tarde, enquanto rezava o breviário na capela, vi, em vez do sol, o Sagrado Coração de Jesus, que me cercava. Já há muitos anos que era incluído no Sagrado Coração de Jesus. Mas agora se acrescentava uma diferença. Vi-me no Sagrado Coração de Jesus como num mar de chamas e, isso, na santa Missa e depois dela. Talvez a razão disso seja meu comportamento na Comunhão. Como vejo meu coração em chamas ardentes, digo ao amável Salvador: Vem Tu para esse ardor de chamas. Ou também: Tu vês como Te amo. Pois Tu mesmo estás no meio desse ardor. Ontem recebi a solução do grande problema da Ir. Antônia. A Ir. X fez uma declaração, justificando, assim, meu procedimento. Minha confiança na bondade do Sagrado Coração de Jesus se tornou ainda maior. Durante meses, prolongou-se a luta sobre a veracidade das revelações da Irmã Antônia. Não queriam admiti-las como possíveis. O desfecho confirma que o assunto não
só é possível, mas corresponde à realidade, exatamente como afirmavam as revelações.
1849 – 23 de janeiro de 1937. Quando fui da sacristia ao altar, vi-me como uma única chama de fogo. Igualmente, não tive paz, enquanto não tinha escrito e feito o desenho. Que tudo seja para a maior glória do Sagrado Coração de Jesus, fonte dessas graças. Ele as dá para mim segundo sua vontade, não porque eu as tenha merecido de alguma forma. Infelizmente. Mas, se servir para glorificá-lo, tudo bem.
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5. Na Santa Hóstia, a Face do Salvador.
1866– 21 de março de 1937. Comunhão. Expansis – oração com as mãos estendidas para o alto por bastante tempo. Depois da Consagração da santa Hóstia, vi na mesma o santo rosto do amável Salvador. Também, há pouco tempo, vi, de repente, na santa Hóstia, o seu santo rosto. Mas não dei importância, embora me chamasse muito a atenção. Hoje, no entanto, parece excluída qualquer dúvida. Também tive que fazer o desenho. Não adianta resistir. Mas o desenho é um tanto inexato, na medida em que o rosto ocupava um espaço um pouco maior. Mas, no geral, está exato. Também na Comunhão, vi o rosto santo.
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6. Medianeira de Todas as Graças.
1899– 5 de junho de 1937. A comunhão tocou como fogo ardente o meu coração. A visão que, ontem, me havia causado dúvidas, está hoje quase continuamente visível: meu coração unido ao Sagrado Coração de Jesus, com chamas irrompendo para o alto. Portanto, também ontem foi verdadeira. Quando, hoje, vestia os paramentos na sacristia, para ajudar a distribuir a Comunhão na Missa dos alunos, pedi ao amável Salvador, como costume fazê-lo, que Ele me vestisse na sua pureza, para que eu fosse menos indigno de distribuir os santos mistérios. Tinha acabado de vestir a alva e fechava o cordão na frente, puxando os paramentos para arrumá-los um pouco mais, quando, de repente, a amável Mãe de Deus estava à minha frente, ajudando-me com suas próprias mãos. Ela procedia como faz, por exemplo, uma mãe para com seu filho, que se vestiu e a quem, de pé diante dele, ela ainda ajeita um ou outro pormenor. Tudo foi questão de um momento. Ela mostrou-se, portanto, como a Medianeira das graças. Nesse momento eu nem tinha pensando nela, e não alimentaria tal pretensão.
1924 – 21 de julho de 1937. Dulcíssimo Coração de Jesus. O mesmo que no dia 17 de julho, até ficar como cerca derretida. Na hora da Comunhão, manifestou-se forte ardor, mas internamente, de forma não visível. Ao dar a última bênção, vi, de repente, saírem chamas de fogo da minha mão que abençoava. Tive que fazer o desenho. O Sagrado Coração de Jesus me pede, de modo que não posso resistir.
1925 – 22 de julho de 1937. Dulcíssimo Coração de Jesus. O mesmo que no dia 17 de julho, até ficar como cera derretida. Na comunhão, manifestou-se forte ardor. Na última benção, lembrei-me das chamas que eu vi ontem. Hoje, não vi nada. Mas depois da Missa, vi sair do meu coração uma longa chama abrindo-se para o lado como uma língua de fogo; finalmente, vi meu coração em chamas e, sobre ele, uma cruz de fogo. O que significaria isto? Certamente a regra 11 Insignibus et vestibus Domini indui. Victina tuis amoris! – Vesti as insígnias e as vestes do Senhor. Vítima do teu amor! À tarde, na visita ao Santíssimo, vi meu coração em meio a uma grande chama. O Sagrado Coração assim o quer e pede que eu faça o desenho. Desejo não iludir a mim mesmo. Mas o que vou fazer?
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2249 – 21 de maio de 1938. Dulcíssimo Coração de Jesus. Idem, como no dia 2.5. Como no dia anterior, estive em fogo. Ao afastar-me do altar, fiquei em fogo. Durante a Ação de Graças, vi brotar novamente chamas do fundo do meu coração. E se transformou num outro mar de fogo. Vi em meu interior o fogo intenso do amor, como um imenso ardor solar, da mesma forma, como ele se apresenta na realidade, em constantes ondas, incandescência e borbulhar; no meio desta bola de fogo, o meu coração todo impregnado desse ardor. Eu escrevo e desenho o que e como o Divino Salvador quer.
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2252– 24 de maio de 1938. Dulcíssimo Coração de Jesus. Idem, como no dia 2.5. Ouvi as palavras da Consagração. Durante
uma confissão, em meu quarto, vi a mão luminosa do Divino Salvador em minha mão, que se ergueu e deu a bênção comigo. Ouvi as palavras da absolvição, que Ele pronunciou em mim e comigo. Logo a seguir, vieram dois outros penitentes, com os quais se repetiu a mesma coisa, com alguns detalhes a mais. Com o terceiro, isso se manifestou de maneira mais expressiva. Ouvi toda a oração do Misereatur até o fim, pronunciada pelo Divino Salvador em mim e comigo. Vi também sua santa mão luminosa em minha mão, dando a bênção. Vi como da minha mão, principalmente da chaga da mão, saíam chamas de fogo sobre o penitente e como, na oração Ego te absolvo – eu te absolvo, saía uma chama de fogo da minha boca sobre o coirmão penitente60. Eu tive que me esforçar para dominar o meu próprio ardor, que irrompeu do meu interior quando o coirmão se afastou. Eu estava certo de que, após as visões dos últimos dias, não viria mais nada, ao menos não agora. De repente, sobreveio nova manifestação de ardor. O que eu posso fazer? Devo fazer o desenho. Ele o quer.
60 Vários penitentes perceberam que o Pe. Reus alterava a voz, quando dava a absolvição. A causa estava nesse fenômeno místico e na emoção do confessor, que se julgava indigno de tão grandes graças.
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2253 – 25 de maio de 1938. Dulcíssimo Coração de Jesus. O mesmo do dia 2.5. Como no dia anterior, estive em fogo. Já por duas vezes, o Divino Salvador esteve junto à minha saudação de amor, que Ele, como esposo de minha alma, recebia em primeiro lugar. Ele também não me deixa descansar, enquanto eu não tenho anotado as demonstrações do seu amor.
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2254– 26 de maio de 1938. Dulcíssimo Coração de Jesus. Idem,
no dia 2.5. Estive em fogo como no dia anterior. Durante a madrugada, o Divino Salvador esteve novamente junto à minha cama. Na Comunhão, fiquei de braços estendidos, em silêncio, por longo tempo. Mais de 24 horas resisti a fazer o desenho representando o divino Salvador parado junto à minha cama. Opunha como argumentos, a minha impotência, a minha inutilidade, a minha estranheza. Tudo em vão. Sempre e sempre de novo e de maneira mais suave, mas irresistível, vime forçando a ceder. Eu o faço, porque não posso mais duvidar da veracidade. Ele mesmo é quem me ordena. Por quê? Não o compreendo. Só uma ou outra vez pareceu-me que me dizia: “Queres, então, menosprezar a minha graça”? Nestes dias, sobreveio-me novamente o ardor, durante a bênção do Santíssimo. Começou no início da exposição do Santíssimo e terminou no final da mesma. Também na igreja paroquial, eu vi, durante a absolvição, como uma chama de fogo saía da minha boca sobre o penitente.
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2255 – 28 de maio de 1938. Dulcíssimo Coração de Jesus. Idem, como no dia 2.5. Enquanto ouvia as confissões na igreja paroquial, vi durante a absolvição uma chama saindo de mim e indo sobre o penitente. Uma, na palavra Patris - Pai, uma segunda, na palavra Filii - Filho e uma terceira, na palavra Spiritus Sancti – Espírito Santo. Isto mostra claramente que no Sacramento da Penitência, a Santíssima Trindade toma parte ativa. Este desenho eu fiz, porque eu devo. Hoje tive, novamente, dor de cabeça.
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2257 – 30 de maio de 1938. Dulcíssimo Coração de Jesus. Idem, no dia 2.5. Depois do Pai Nosso, vi saírem da santa Hóstia raios ofuscantes, de modo que o meu rosto me pareceu todo iluminado. Fechei os olhos seguidas vezes, para assegurar-me de que não era ilusão, talvez também porque eu não conseguia suportar a luz ofuscante. Como cometi, por causa disso, um pequeno erro litúrgico, contra as rubricas, concentrei toda a minha atenção para não mais observar os raios. O desenho eu tive que fazer, conforme sua santa vontade.
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2258 – 31 de maio de 1938. Dulcíssimo Coração de Jesus. Idem, como no dia 2.5. Quando, na hora do Ofertório, fiz o sinal da cruz sobre as ofertas, vi saírem da minha mão raios sobre o cálice. O mesmo vi, novamente, logo antes da Consagração. Ouvi com toda a clareza as palavras, que o Divino Salvador disse, em mim e juntamente comigo. Vi sua mão luminosa em minha mão e senti o seu braço ao levantar o cálice. Na absolvição, durante a confissão, vi uma chama de fogo saindo da minha mão e passando para o penitente, ao pronunciar as palavras “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. Eu devo escrever isso. Meu Jesus, tem piedade de mim. Eu não sei como isso terminará. Quando caí no chão, no meu quarto, devido ao ardor de amor, senti outra vez, e de maneira dolorosa, principalmente a chaga do coração.
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2259 – 1º de junho de 1938. Dulcíssimo Coração de Jesus.
Idem, no dia 2.5. Quando, no término da distribuição da Comunhão, antes da Missa, dei a bênção,
vi saírem chamas da minha mão. Como no dia anterior, estive em fogo. Na Ação de Graças, vi fogo ardendo de diversas maneiras. Uma parte principal consistia nas chamas ao redor de um coração de fogo. Eu desenho isso, porque devo. Durante a celebração de um batismo, vi fogo saindo da minha mão, ao impô-la sobre a cabecinha da criança. O amável Salvador quer que eu faça o desenho, embora eu tenha tido um pouco de resistência.
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2260 – 2 de junho de 1938. Dulcíssimo Coração de Jesus. Idem, como no dia 2.5. Durante a distribuição da Comunhão, antes da Missa, quando eu trazia a santa Hós
tia na mão, vi, de repente, um sol se formando ao redor da santa Hóstia. Aumentava rapidamente, até alcançar o cibório. No Ofertório do pão, erguerem-se chamas de ambas as mãos, que seguravam a patena. Ao fazer o sinal da cruz, depois da Consagração, vi, igualmente, saírem chamas de minhas mãos em direção ao cálice. Eu jamais teria pensado numa coisa dessas. Afinal, a fonte da bênção é Jesus, pessoalmente presente. Mas na reflexão, já que não posso negar as chamas nem as posso silenciar, tive que aceitar a autenticidade. A bênção, abstraindo-se de qualquer outro significado, vale, neste caso, não só porque ela pertence ao corpo sacramental, mas também por força do corpo místico de Cristo, e, para os que crêem, tem seu significado virtutem crucis – em virtude da cruz, como diz S. Tomás. Esta visão, que me deixou desconfiado, serve justamente como prova de que minha fantasia não é fonte de tudo isso. Eu vi, além disso, a mão luminosa do Divino Salvador, não só na Consagração, mas também quando, depois da Comunhão, purificava o cálice. Quando me confessei, vi como da mão do confessor saíam chamas sobre mim. À tarde, tive que me deitar por causa da dor de cabeça. Depois de mais ou menos 25 minutos de paciente entrega, senti, repentinamente, tão forte ardor de amor, que tive que abrir a batina na altura do coração. Depois, doía-me a chaga do coração de tal maneira, que eu gritei um prolongado Ai! Uma segunda vez, sobreveio esta dor repentina e mais uma vez eu gritei e pressionei o local onde sentia a chaga. Pela primeira vez eu irrompi em tal grito de dor.
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2261
– 3 de junho de 1938. Dulcíssimo Coração de Jesus. Idem, no dia 2.5. Na Comunhão, expantis – oração de braços abertos, mas por breve tempo. Ao rezar o Glória e o Credo, vi sair de minha boca cada palavra
como chamas de fogo, que se elevam para as alturas diante da face de Deus. Fiz o desenho, só porque o Divino Salvador o queria. Ao ouvir confissões na igreja paroquial, vi repetidas vezes, ao fazer o sinal da cruz, durante a absolvição sacramental, como saía uma intensa chama de fogo da minha mão, abençoando o penitente. Eu queria omitir isso. Mas não há paz, enquanto não estiver escrito e desenhado. Ele mesmo o quer.
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7. Vulcão de Chamas
2262 – 4 de junho de 1938. Vigília de Pentecostes. Dulcíssimo Coração de Jesus. Idem, como no dia 2.5. No meio do fogo, e com o coração em fogo, eu me dirigi para o altar. Qualquer tentativa de resistência levava ao efeito contrário, isto é, o ardor se inflamava ainda mais. Como de costume, distribuí a Comunhão antes da Missa. Então, eu vi sair da santa Hóstia uma chama ardente, e eu distribuía esta Hóstia em chamas aos que recebiam a Comunhão. Eu tentava, desfazer-me desta visão. Em vão. Na elevação do Santíssimo Sangue, vi chamas brotarem o cálice. Durante a leitura de ambos os evangelhos, vi, numa parte expressiva das palavras, as mesmas saírem como chamas da minha boca e elevarem-se para o alto. Na Ação de Graças, todo o meu interior era, de novo, um ardente e ativo vulcão de chamas de amor e de ondas de amor, que brotavam do mais profundo abismo do meu coração e se sucediam ininterruptamente.
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2264– 6 de junho de 1938. Dulcíssimo Coração de Jesus. O mesmo do dia 2.5. Como no dia anterior, estive em fogo. Na Ação de Graças, vi meu coração como um vulcão chamejante, de modo que ofereci ao Divino Salvador meu amor pareciam-me, não como pequenas chamas, mas como grandes ondas de chamas, nuvens de amor, que saíam do meu coração e subiam um após outra. Era como uma erupção vulcânica, que para mim é coisa impossível de imaginar. Eu jamais teria chegado a tal idéia e nunca teria ousado apresentar ao meu Deus e Senhor, no momento mais sagrado, uma coisa destas. Também recebi outras graças. Durante um batismo, ouvi como o Divino Salvador pronunciou a oração, em mim e comigo.
O ardor do amor persistiu até eu guardar o Santíssimo no sacrário.
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2278 – Nas orações antes da Comunhão, vi meus anseios saindo da minha boca e transformar-se na santa Hóstia, quanto consigo me lembrar, em forma de chamas de am
or. Depois da Comunhão, expansis – oração de braços abertos, violento ardor de amor, e eu fiquei com o corpo em movimento. Ao tomar o Santíssimo Sangue, vi todo o meu corpo transformando em fogo. Na Ação de Graças, ardor, fogo, chamas muito intensas do fundo do meu coração. Então fui para a igreja paroquial, a fim de ouvir confissões. Ao ouvir um determinado pecado, veio-me mais ou menos esta palavra: Nós somos uma raça miserável. Senti profunda compaixão. Como o Divino Salvador é ofendido! De repente, as lágrimas caíram de meus olhos, lágrimas de amor cordial, de íntima compaixão e sincera tristeza. Por isso, tive de interromper momentaneamente as confissões para enxugar as lágrimas. Na meditação da manhã, vi, novamente, meus atos de amor subirem como sóis de fogo. O mesmo na Ação de Graças, mas durante pouco tempo.
Salvador. Ele fará tudo corretamente. Na Ação de Graças, ardor, amor vulcânico, mas durante breve tempo.
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2284 – 25 de junho de 1938. Dulcíssimo Coração de Jesus. O mesmo do dia 2.5. Quando, no começo da Missa, distribuía a Comunhão, vi subir da pequena Hóstia que eu segurava na mão, outra chama em meio a uma chama maior, que provinha do cibório. Olhei bem, porque depois me viriam dúvidas. No entanto, não restava dúvida, a chama ardia. Estive em fogo como no dia anterior. Nas orações, as palavras eram como fogo e sóis fogo. Resisti, para não ficar distraído. Não adiantou nada. As chamas estavam presentes. Também outras graças se repetiram. Na Ação de Graças, um vulcão de amor, ardor, sóis de fogo.
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2286 – 27 de junho de 1938. Dulcíssimo Coração de Jesus. O mesmo dia 2.5. De manhã, quando fui à capela, vi o altar em chamas. Uma chama
avançava com força e saía da pedra do altar. Olhei com atenção. Como no dia anterior, estive em fogo. Durante a santa Missa, houve repetições de fenômenos, dos sóis de fogo que, nas palavras de algumas orações, projetavam-se para o alto. Na Ação de Graças, tudo em fogo, vulcão de amor. Nisso, manifestaram-se novamente os sóis de fogo, que brotavam do meu coração, acompanhados de chamas de fogo. Certa vez, vi, como sinal da presença de Jesus em mim, a santa Hóstia em meu coração rodeada de chamas. Devo escrever isso e fazer o desenho. Jesus, tem de piedade de mim. Eu seria completamente incapaz de inventar variedade de fatos.
2291 – 2 de julho de 1938. Dulcíssimo Coração de Jesus. O mesmo dia 2.5. Como no dia anterior, estive em fogo. Durante a santa Missa, vi as palavras em diversas partes, por exemplo, na oração ao pé do altar, como sóis de fogo que saíam da minha boca. Na Ação de Graças, vulcão de amor. Novamente, vi sóis de fogo, bem maiores do que a área do meu coração. São os atos de amor. Também vi a oração do breviário, em forma de sóis de fogo, sair da minha boca. Em oposição às blasfêmias, pelas quais a Divina Majestade de Deus e o Sagrado Coração de Jesus são tão profundamente ofendidos e entristecidos, consolam o Divino Salvador as divinas palavras do breviário, glorificam a infinita grandeza e majestade de Deus. Depois, vi, também, outras orações subirem de maneira idêntica da minha boca para Deus. Creio que isto é menos do que aquilo que eu vi. Eu confio na infinita bondade do Sagrado Coração de Jesus, que não me tornarei vítima de uma ilusão.
2484 – 4º dia. 12 de janeiro de 1939. Dulcíssimo Coração de Jesus. O mesmo do dia 1.1. Circuncisão.
O santo nome de Jesus é minha felicidade, minha alegria e minha salvação. No ano passado e já antes, sofri muito com o imenso calor do verão, devido às erupções dolorosas da pele, causadas pelo suor. Foram tão intensas que tive de recorrer ao médico. Como naquela ocasião, ao consultar o médico, não sofria disso, respondeu que esperasse até sentir novamente.
Havia diversas espécies. Este ano, o amado Salvador tomou em suas mãos este problema de saúde. Spera in eo, et Ipse faciet – espera nele e Ele providenciará. Apesar do calor e do suor, não sofri deste mal. Qual será a sua origem? Indaguei se não havia comigo algo fora do comum. Constatei que deviam ser as uvas. Este ano comecei a comer uvas por causa da saúde. Havia anos que as evitava por amor à penitência. Fiz a prova. Pequeninos sinais de vermelhão desapareceram numa noite, depois de ter comido um pouco de uvas. Aí, veio-me a idéia: a devoção ao Coração de Jesus, principalmente a Comunhão, é um meio tão simples para tirar os males da alma e para livrar-nos de más inclinações
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Na santa Missa, tive três ou quatro êxtases de amor. Logo no começo da santa Missa, ao rezar o Salmo de Entrada do pé do altar, vi, ao pronunciar as palavras Emmitte lucem tuam – envia a tua luz, repentina e rapidamente, um raio de luz, vindo do altar sobre mim. Sem dúvida, estas palavras da Luz Eterna são dadas ao coração do sacerdote para trazer luz. Ele deve pedir, logo no início da santa Missa, a luz divina para que, em espírito de fé, realize sua tarefa divina.
Na Consagração, êxtases de amor, como também na Comunhão. Novamente senti, primeiro, o doloroso fogo de amor, que passou para um calmo ardor de amor. Cobri o cálice e, no momento em que dobrava o corporal, repentinamente senti o ardor de amor. O coração queimava tanto, que eu pressionava a mão esquerda no peito e, devido ao ardor, me inclinava para trás, com a mão direita na testa. Nesta posição, vi o amado Salvador junto de mim e como Ele me abraçava com seu braço esquerdo. Isso durou bastante tempo.
Hoje, Laeva eius sub capite meo – a mão esquerda sobre a minha cabeça; uns dias antes na cruz, Dextera eius amplexabitur me – O braço direito me abraçava.
Completei a purificação do cálice e veio, tanto quanto posso lembrar-me, um novo êxtase de amor. Este amor ilimitado do Sagrado Coração de Jesus me causa uma forte impressão. Logo no início da ação de graças, eu disse: O que vou oferecer em troca deste amor?
Nisso, vieram as lágrimas, como sempre quando estou desamparado e sem saber o que fazer. Repetia: Eu não tenho nada, nada, nada, nada. O desenho corresponde à realidade. Somente, nesta posição, eu estive um pouco mais virado para o altar. Eu tive que fazer o desenho. O amado Salvador deve ter seus santos motivos. Que eu ilimitado amor se evidencie em tudo.
2496 – 7º dia – Última Ceia. Dulcíssimo Coração de Jesus. O mesmo do dia 1.1. Fazei isto em memória de mim.
Faço isso todos os dias, revestido com poderes divinos para a oblação celeste. Celeste, porque é de lá o Cordeiro do Sacrifício; celeste, porque é de lá o sacerdote do Sacrifício; celeste, porque do véu vem sua própria força, a Glória de Deus; celeste, porque o efeito é para o céu pela absolvição; celeste, porque foi profetizado com palavras do céu; celeste, porque os profetas eram escolhidos e prefigurados pelo céu; celeste, porque pela presença do Santíssimo Sacramento converte a terra em céu; celeste, porque enche o coração humano com felicidade do céu; celeste, pela finalidade que tem em conduzir os homens para o céu. Quod perfectius esse cognovero, faciam – Farei o que for o mais perfeito.
Na santa Missa, dois êxtases de amor: na Consagração e na Comunhão. Servem, principalmente nos últimos três dias, indiretamente, como confirmação da veracidade das visões. Apresentaram-se as mesmas circunstâncias sempre. Não obstante, nada de visões. Contudo, manifestou-se grande ardor de amor. Também senti mais os estigmas, aliás como em muitas ocasiões. Não estou mais anotando isso.
2514 – 21 de janeiro de 1939. Dulcíssimo Coração de Jesus. Como no dia 1.1. Na santa Missa, dois êxtases de amor: na Consagração e na Comunhão.
Hoje fui ao hospital. Apesar de o Pe. Ministro ter oferecido o carro para esse fim, renunciei a ele, por amor à pobreza. No caminho, encontrei um menino que conduzia uma mula pelo cabresto. Falou comigo de modo muito confiante. Disse: “O senhor não quer segurar um pouco a mula, para que eu possa montar nela? Porque ela morde”. Por um instante, fiquei em dúvida, pois não sabia se a mula não morderia o cavaleiro, ou se não era traiçoeira.
Segurei, o cabresto que o pequeno, com jeito, colocou na posição certa. Eu estava assim protegido. Mais um instante, e o menino havia montado. Pronto, disse ele, e saiu cavalgando. Sozinho não teria conseguido.
Assim acontece na oração: Se nós apresentamos um pedido, Deus nos ajuda imediatamente e tudo vai bem. Se omitimos a oração, Deus nos deixa sozinhos, do mesmo modo como eu teria passado por este menino, caso ele não tivesse pedido o favor, a minha ajuda. Fui ao hospital para ouvir a confissão de um irmão em Cristo. Fui somente para isso.
Amor à Santíssima Trindade
2516– 23 de janeiro de 1939. Dulcíssimo Coração de Jesus. Como no dia 1.1. Rezei a santa Missa do Sagrado Coração de Jesus. Os êxtases de amor multiplicaram-se.
Já durante a primeira oração, veio o primeiro êxtase de amor. Durante a leitura da Epístola, vieram outros dois, um próximo do outro. Na Consagração, tive um êxtase. Na recepção da Comunhão, vi repentinamente um imenso incêndio no coração. Não era fantasia. Pois esta age de modo diferente.
Vi como este ardor de fogo se elevou para o alto, e suas extremidades chegaram até a Santíssima Trindade. Transformaram-se, então, numa coroa de fogo ao redor da Santíssima Trindade. Assim terminou o último, o quinto êxtase de amor. O amor à Santíssima Trindade é o fim e a consumação do amor ao Sagrado Coração de Jesus. “Ninguém chega ao Pai senão por mim. Esta é a vida eterna, para que te conheçam e conheçam aquele que Tu enviaste”. Eu devo fazer o desenho e a descrição. O amado Salvador assim o quer.
2541 – 9 de fevereiro de 1939. Dulcíssimo Coração de Jesus. O mesmo que no dia 1.1. Na santa Missa, três êxtases de amor: na Consagração, no Memento dos falecidos e na Comunhão.
Ontem, li um artigo sobre as revelações particulares, referentes à condenada devoção à cabeça de Jesus Cristo. De novo, propus-me, firmemente a não envolver-me no assunto. Cheguei, então, ao Memento dos mortos. De súbito, vi por sobre a santa Hóstia a coroa, que ontem me fora colocada sobre a cabeça. Fechei os olhos, de modo que não mais vi a santa Hóstia. Abri os olhos, procurei resistir, mas nada adiantou. A coroa ali estava. Minha resistência até deu ensejo a um breve e autêntico êxtase de amor.
Passando este, vi, em vez da santa Hóstia coroada, a face coroada do próprio amado Salvador, em tamanho mais ou menos natural. Nada pude fazer para evitar isso. É claro que se trata duma confirmação da visão de ontem. A coroa ainda estava sobre a minha cabeça, embora menos nítida. Assim, o Divino Sumo Sacerdote parece querer indicar que confere aos seus sacerdotes a sua própria coroa, a atual coroa do sacerdócio e a futura coroa da glória aos que perseverarem no seu amor.
Pouco antes das 12h, quando me dirigia ao outro prédio para almoçar, precisamente ao atravessar a rua, vi o amado Salvador em mim, ornado daquela mesma coroa. Isto me livra duma dúvida, que tive há pouco; já há tempo vira a sagrada face de Jesus sobre o meu peito. Fiquei em dúvida se aquela visão não seria uma ilusão. Mas a de hoje mostrou-me claramente que a dúvida não era justificada. Naquele tempo, pus, levianamente, por escrito, que não reconhecia isso como verdadeiro.
Dou graças ao Sagrado Coração de Jesus. Tive que fazer os três desenhos, porque assim o quis o amado Salvador.
2542 – 10 de fevereiro de 1939. Dulcíssimo Coração de Jesus. O mesmo que no dia 1.1. Na Santa Missa, quatro êxtases de amor: na Consagração, no Agnus Dei, na Comunhão e ao cobrir o cálice.
Após a Consagração, vi em mim, quando me lembro, a Sagrada Face do amado Salvador num grande brilho, que se estendia além da minha pessoa. Nisso, eu vi de súbito no interior de um sol. Tive que desenhar isso. O amado Salvador assim o quer.
O Cristo vivo em nosso interior: O sacerdote dentro do Sol, sendo um sol ele próprio! Que realidade! Ele há de ser um templo de sol para si mesmo pela pureza do coração. Ele deve ser um templo brilhante como o sol, em que Jesus Cristo, sol dos espíritos e sol da justiça, estabelece sua morada. Ele é um sol para a Santíssima Trindade, pelo ardor de sua caridade para com Deus, por meio da oferta brilhante como sol.
Na Missa, o glorioso Sol Divino é chamado a ofertar o Filho glorificado de Deus. Toda a simbologia da luz é aplicável ao sacerdote.
2550 – 20 de fevereiro de 1939. Dulcíssimo Coração de Jesus. O mesmo que no dia 1.1. Na santa Missa, três êxtases de amor: na Comunhão, na Consagração e quando proferi as palavras Memento Domine...dormiunt it sommo pacis – Lembrais-vos, Senhor, dos que dormem no sono da paz, vi-me todo em chamas.
Outra flama subia das sagradas espécies, e ambas se uniam numa só. O provável significado disso é que o pedido do sacerdote pelo descanso das pobres almas torna-se também o pedido do Sagrado Coração de Jesus. Deste modo, sobe ao trono da Santíssima Trindade um único ardente pedido pela libertação imediata das pobres almas aprisionadas. Tenho que escrever isso.
2553 – 23 de fevereiro de 1939. Dulcíssimo Coração de Jesus. O mesmo que no dia 1.1. Na santa Missa, três êxtases de amor: na Consagração, na Comunhão e depois de coberto o cálice.
Hoje, no dia do aniversário da morte de meu pai, que com tão generosa renúncia consentiu a minha entrada na Companhia de Jesus, rezei a santa Missa por ele.
Na oração do Ofertório, ao rezar Domine Jesu Cbriste, Rex gloriae – Senhor Jesus Cristo, Rei da Glória, vi, de súbito, o Divino Salvador diante de mim, em grande esplendor, como Rei da Glória, com o cetro e a coroa. Permaneceu assim durante toda a celebração e após a Consagração, também com o Sagrado Coração visível, e até depois. Ainda ali estava, quando saí da pequena capela. Quando já estava na capela maior, em ação de graças, continuei a vê-lo à distância, em imagem clara, no mesmo ponto da capela pequena.
Há cerca de 25 anos, não vivenciara coisa semelhante. Por esta razão, começara, nos últimos tempos, a duvidar de que uma visão semelhante, que tivera em Porto Alegre, seria genuína. O amável Salvador, ao que parece, quis dirimir esta dúvida, concedendo novamente a mesma graça. Somente as pessoas são diferentes. Naquela ocasião, se bem me lembro, foi a querida Mãe de Deus que permaneceu no meu aposento. Tive que desenhá-lo.
Certamente o amável Salvador quis mostrar que as palavras ditas pelo sacerdote, na santa Missa, sempre correspondem a uma realidade, ainda que não a percebemos com os sentidos. Neste ponto, é preciso ativar a fé.
De vez em quando, Ele nos concede a grande graça de tirar um pouco o véu, ou cortina, para que nos demos conta de quanto são grandes os mistérios, ocultos sob as insignificantes formas externas. A nós cabe aprender a crer.
2585– 21 de março de 1939. Dulcíssimo Coração de Jesus. O mesmo que no dia 1.1. Na santa Missa, três êxtases de amor: entre o beijo do altar e o Orate frates – Orai, irmãos, bastante longo, na Consagração e na Comunhão, muito curto. Já desde o início da santa Missa, via São Bento sobre o altar. Após a Consagração, formou-se em torno dele um forte clarão luminoso de que se destacava nitidamente a sua figura. Tenho que desenhar isso e fazer a anotação. Decididamente, é o que pede o Sagrado Coração de Jesus.
2586 – 22 de março de 1939. Dulcíssimo Coração de Jesus. O mesmo que no dia 1.1. Na santa Missa, dois êxtases de amor: na Consagração e na Comunhão. Rezei a Missa ferial, única possível hoje, além da Missa pelos falecidos. Foi em honra da Santíssima Trindade.
Desde o início, eu via as Santas Pessoas sobre o altar, rodeadas de anjos a adejar em torno das mesmas, certamente, para indicar que também os anjos estão presentes ao santo sacrifício. No momento em que subia ao altar, rezando Aufer a nobis – Afastai de nós, as três Santas Pessoas me abraçaram. Escrevo, porque assim o quer o Sagrado Coração de Jesus. Por sua vontade, também faço o desenho.
Ademais, creio que a Santíssima Trindade concede esta demonstração de amor a todo sacerdote que se aproxima dignamente do altar, embora tal não se possa constatar. Impelido pelo Sagrado Coração de Jesus, preciso relatar uma amorosa prova de sua providência.
Ontem, quando ainda não terminara a celebração da santa Missa, entrou alguém na capela para celebrar, embora, ao que me consta, isso não seja vontade do Pe. Ministro. Ele deveria vir mais tarde. Tive a idéia de pedir ao Pe. Ministro que impedisse tal estorvo. Mas aí pensei comigo: Foi permissão do amável Salvador. Suporta-o com paciência por amor a Ele. Por isso, não falei.
Hoje de manhã, quando ia perturbar-me novamente com aquela presença, pus minha confiança no Sagrado Coração de Jesus. Spera in eo et ipse faciet – Espera nele e Ele providenciará. Ele o fará. Contra toda a expectativa, não sei por que razões, o coirmão não celebrou depois de mim. Parece que não ter importância. Para mim, porém, é uma prova real de que o amado Salvador repara em todas as minúcias, referentes àqueles que Ele ama, e lhes possibilita, por meio das circunstancias, a se convencerem do seu amor. Não tenho paz enquanto não tiver feito o desenho do amplexo recebido da Santíssima Trindade.
O amplexo foi tal que cada uma das três Pessoas me abraçaram simultaneamente. Não é possível descrever isso. Eu o desenho, porque assim o quer o Sagrado Coração de Jesus. Não me recordo ao certo se já estiveram presentes os santos Anjos, por isso os omiti. O abraço foi o sinal sensível do perdão que pedira. Só agora me dou conta do sentido do primeiro abraço, do dia 8 de abril de 1937. Foi o sinal sensível do perdão, pedido com as palavras: Ut indulgere digneris omnia peccata meã – Para que perdoeis todos os meus pecados. Logo, é um abraço dado a todo sacerdote que se aproxima do altar de coraç
ão sincero. Naquela ocasião, o amável Salvador sozinho me envolveu nos dois braços.
2589 – 25 de março de 1939. Dulcíssimo Coração de Jesus. O mesmo que no dia 1.1. Na santa Missa, dois breves êxtases de amor: na Consagração e na Comunhão. À noite, às 7h, bênção na capela da comunidade. No momento da exposição do Santíssimo, veio o êxtase. Flamas de amor cercavam o Santíssimo e lançavam-se em direção de toda a capela. No momento da bênção, vi como as chamas desciam sobre cada um dos jesuítas ajoelhados nos bancos. Tive que registrar e desenhar tudo.
2593 – 29 de março de 1939. Dulcíssimo Coração de Jesus. O mesmo que no dia 1.1. No êxtase de amor, após a Consagração, vi o amado Salvador na cruz. Após a caridade incompreensível do dia 26 de março, quando me envolveu em seus santos braços, Ele mostra o máximo amor por mim, por todos os sacerdotes e por todos os homens, sacrificando sua vida por mim, da maneira mais cruel, na cruz, para merecer as graças que agora derrama sem medida sobre mim, sobre os sacerdotes e sobre toda a humanidade. E precisamente na Consagração torna a oferecer-se por mim, para que também eu me ofereça por Ele.
Ao segundo êxtase de amor, após a Comunhão, não quis dar atenção. Mas é impossível. O amado Salvador o quer. Eu desenhara a cruz vista de frente, mas tinha visto de lado. Julgava que diferença tão insignificante não merecia atenção. Mas o amável Salvador não me deu descanso até que desenhasse a cruz bem de acordo com a realidade, isto é, de pé, inclinada, bastante mal traçada. Mas que fazer? Sua Santíssima vontade seja cumprida. Ele não tolera inexatidão, muito menos inverdade.
2601 – 4 de abril de 1939. Dulcíssimo Coração de Jesus. O mesmo que no dia 1.1. Na santa Missa, dois êxtases de amor: na Consagração da santa Hóstia, vi esta e o cálice no centro de um sol. Quis deixar de mencionar isso. Mas o Sagrado Coração quer que o escreva e o desenhe.
2679 – 14 de junho de 1939. Dulcíssimo Coração de Jesus. O mesmo que no dia 1.1. Na santa Missa, cinco êxtases de amor: na Consagração, antes do Pai Nosso, durante o mesmo, na Comunhão e ao cobrir o cálice. Este foi o mais intenso.
De súbito, vi, através de uma densa camada de nuvens que se alargava em direção ao alto, o céu aberto. Quanto me lembro, vi, primeiro, os queridos Santos, depois a Santíssima Trindade, especialmente o Pai Celeste, que olhava para mim com indescritível bondade e amável agrado.
Esta visão perdurou até a bênção, ainda que um pouco menos intensa, depois que readquiri a liberdade de movimentos. A Santíssima Trindade deu a bênção ao mesmo tempo em que eu a dava, dizendo: In nomine Patris et Filii et Spiritus Sancti, que como no dia 1º de janeiro de 1939.
Tive que desenhar e escrever isso. Graças sejam dadas ao Sagrado Coração de Jesus. Ontem à noite, na bênção, vi-me dentro do Sagrado Coração de Jesus, de modo diverso das outras ocasiões. Pois vivo constantemente incluído neste Sagrado Coração de Jesus, de modo diverso das outras ocasiões. Pois vivo constantemente incluído neste Sagrado Coração. Bondade imensurável do Sagrado Coração. Tive que acrescentar posteriormente os queridos Santos.
2680 – 15 de junho de 1939. Dulcíssimo Coração de Jesus. O mesmo que no dia 1.1. Na Santa Missa, dois êxtases de amor: na Consagração e na Comunhão.
Ontem à noite, na bênção da novena, em preparação para a festa do Sagrado Coração de Jesus, de amanhã, estive em ardor desde o início. De repente, senti no peito um aperto terrível, de modo que me encolhi, abalado, e senti ser-me extraído o coração. Depois vi, primeiro menos, depois mais claramente, como o amável Salvador, que aparecia sobre o altar, implantava seu Coração no meu peito e punha no seu peito o meu coração. Não era possível qualquer duvida.
No momento, me senti muito envergonhado, prestes a derramar lágrimas. Sinto-me em total impossibilidade de corresponder a um tal amor. Então, repito o pedido íntimo: “Ajuda-me a amar-Te. Pede o que quiseres. Quero que tudo Te pertença. Ajuda-me apenas a Te agradecer”. Ignoro o que há de especial em meu coração para que seja favorecido com tamanha graça. Nisso, parece-me estar escutando o amável Salvador: “Se tenho prazer em agir assim, que te importa?” Por isso, confio na bondade do Sagrado Coração de Jesus. Ele fará tudo bem. Tive que fazer o desenho.
2689 – 24 de junho de 1939. Dulcíssimo Coração de Jesus. O mesmo que no dia 1.1. Na santa Missa, três êxtases de amor: na Consagração, durante o Pai Nosso e na Comunhão. Durante as orações do cânon, antes da Consagração, esteve presente São João Batista, rodeado de anjos, talvez por ter levado uma vida muito pura e ele próprio ser chamado anjo. Mais tarde, tornei a vê-lo, brevemente, de maneira imprecisa. Depois, não mais o vi. Tenho que escrever e desenhar isso. O Sagrado Coração de Jesus o quer.
2692– 27 de junho de 1939. Dulcíssimo Coração de Jesus. O mesmo que no dia 1.1. Na meditação, muitas lágrimas; também na santa Missa, sensação de lágrimas.
Na santa Missa, dois êxtases de amor: na Consagração e na Comunhão; neste último êxtase, me vi levantado do chão para o interior da Santíssima Trindade, de modo a encontrar-me entre o Pai Celeste e o amado Salvador, porém não na mesma altura. Esta é certamente uma prova extraordinária do amor da Santíssima Trindade para com o sacerdote, que tem acesso ao trono da Santíssima Majestade de Deus, e é elevado à participação no mais íntimo e confidencial amor. Si dederit bomo omnem substantiam domus suae pro dilectione, quasi nibil despiciet eam (Cant. 6,8). Se alguém oferecesse toda a fortuna de sua casa, em troca do amor, estaria disposto a suportar os maiores desprezos. Logo, sacrificar tudo. Devo escrever e desenhar isso. Toda a honra ao Sagrado Coração de Jesus.
Entretanto, a visão de hoje, com o do dia 25, significa, para a alma do sacerdote, o amor da Santíssima Trindade, ainda que de outra maneira. Aquela é a visualização da palavra Dilectus meus mibi – O meu amado é para mim, porque, no dia 25 de junho, a Santíssima Trindade havia se entregue de todo a mim, et ego illi – e eu a Ela. Hoje, Ela se dignou atrair-me inteiramente a si. Este é, provavelmente, o verdadeiro sentido, que aduzo porque o Sagrado Coração de Jesus não se contentou com a outra situação e me concedeu esta.
2695 – 30 de junho de 1939. Dulcíssimo Coração de Jesus. O mesmo que no dia 1.1. Na santa Missa, quatro êxtases de amor: na Consagração, na oração Nobis quoque, antes do Domine non sum dignus e na Comunhão.
Já ontem, parecia-me que a Santíssima Trindade se achav
a presente, sensivelmente, bem próxima ao altar. Nada escrevi a respeito, porque omito tudo o que posso evitar. Hoje, percebi, quanto posso lembrar-me, logo após a Consagração, a Santíssima Trindade.
As três Santas Pessoas eram maiores do que eu. Eu estava junto ao altar, entre as três Santas Pessoas. Isto é outra demonstração da grande dignidade do sacerdote, que tem acesso ao Santíssimo dos Céus, no altar, ao qual a Santíssima Trindade desce na hora do sacrifício. Demonstra, ainda, o íntimo amor da Santíssima Trindade ao sacerdote, que julga digno de permanecer em tão estreita proximidade da Santíssima Majestade de Deus e, é claro, mostra também a prontidão em atender benignamente seus pedidos.
O pensamento dessa bondade e condescendência sem limites desconcertou-me. Perturbado e incapaz de retribuir ou corresponder, ao menos de alguma forma, a um tal amor, pedi intimamente socorro. Todo o ardor experimentado a seguir, na Ação de Graças, pareceu-me ser nada, nada, nada.
Sentindo minha impotência, pedi ao Sagrado Coração que ele próprio realizasse seus propósitos, e pus-me ao seu inteiro dispor. Spera in eo et ipse faciet. Põe a tua esperança nEle e Ele providenciará.
Na Comunhão, pareceu-me que a Santíssima Trindade se unia, pequenina, à santa Hóstia, e que assim entrava no meu coração, onde permaneceu, embora um tanto menos nítida que antes.
2697 – 2 de julho de 1939. Dulcíssimo Coração de Jesus. O mesmo que no dia 1.1. Na santa Missa, seis êxtases de amor: no Glória, na coleta, na Consagração, na Comunhão, na purificação e ao cobrir o cálice.
O último foi intenso. Vi-me, de súbito, acima do altar, unido a Ele em amistoso abraço. Ele me abraçou, e eu a Ele. Inaudito. A seguir, na Ação de Graças, eu lhe disse: “Estou envergonhado diante de todo o Céu”. Quero, pois, pertencer totalmente ao seu Divino Coração. Que Ele disponha de mim como lhe aprouver. Tenho que escrever e desenhar isso.
Essa demonstração de amorosa amizade vale para todos os sacerdotes. É a realização das palavras: Iam nom dicam vos servos sed amicos meos – Já não vos chamo servos, mas amigos, que são repetidas, solenemente cantadas, na liturgia da ordenação sacerdotal.
Após a Consagração, esteve presente também a Santíssima Mãe de Deus, por alguns momentos.
2699 – 4 de julho de 1939. Dulcíssimo Coração de Jesus. O mesmo que no dia 1.1. Na santa Missa, dois êxtases de amor: na Consagração e na Comunhão.
Desde o início, vi, sobre o altar, o amado Salvador na cruz, em tamanho natural. Durante o Pai Nosso, vi-o envolvido em esplendor. Enquanto pronunciava as palavras Domine non sum dignus – Senhor, eu não sou digno, vi como o Salvador crucificado estendia as mãos para mim, para significar a sua infinita misericórdia para com o sacerdote.
Precisamente no instante em que o sacerdote reconhece ser indigno de receber o Senhor em seu coração, Ele precisamente por este gesto, em sua amorosa bondade, acha o coração tão bem preparado que tem verdadeiro desejo de nele entrar, para comunicar-lhe a liberalidade dos frutos de sua paixão.
Tive que fazer dois desenhos e anotar isso. Lamento não saber desenhar melhor. Na meditação: lágrimas.
2702 – 7 de julho de 1939. Dulcíssimo Coração de Jesus. O mesmo que no dia 1.1. Na santa Missa, dois êxtases de amor: na Consagração, após as palavras consecratórias, saíam chamas de fogo de dentro do cálice em direção da minha boca.
O significado evidente é que o primeiro pensamento de Jesus, no instante de sua presença sacramental sobre o altar, é a união íntima e cordial com o dileto sacerdote, que lhe doou a vida sacramental.
Logo no início da santa Missa, vi o amado Salvador sobre o altar, mostrando seu amoroso Coração, provavelmente por ser a primeira sexta-feira do mês.
O Sagrado Coração de Jesus exige que o escreva e desenhe.
2707 – 11 de julho de 1939. Dulcíssimo Coração de Jesus. O mesmo que no dia 1.1. Repetidas vezes, tenho lembrado as consoladoras palavras: “Unidos eternamente”, e tive a idéia de que elas valiam somente para mim. Isto tanto mais que, hoje de manhã, ao acordar, novamente vi essas palavras no alto.
Mas na santa Missa, rezada em honra do Sagrado Coração de Jesus, às palavras supra quae propitio – sobre as quais profecio, lá estavam de novo as palavras: “Eternamente unidos” a certa altura, envoltas em luz. Isso perdurou durante a oração Súplices – Suplicantes.
Portanto, essas palavras se referem a todos os sacerdotes, não incondicionalmente, mas como consoladora promessa. Porque o sacerdote se imola junto com o divino Cordeiro sobre o altar ao Pai Celeste. A ele se une no ósculo do altar às palavras: ut quotquot – para todos os que participam.
Por isso usufrui da consoladora promessa de que o ósculo do altar se estenda à união eterna na mais íntima comunhão de vida na contemplação de Deus: unidos eternamente.
Na santa Missa, dois êxtases de amor: na Consagração e na Comunhão.
Tive que escrever e desenhá-lo. Posteriormente fui obrigado a trocar a figura ereta em pé pela inclinada, porque desta forma é realçada de forma mais clara a união do sacerdote com o Cordeiro sacrifical por meio do beijo. Como Deus quiser.
O Salvador Desprende os Braços da Cruz
2710– 14 de julho de 1939. Dulcíssimo Coração de Jesus. O mesmo que no dia 1.1. Na santa Missa, três êxtases de amor: na Consagração, antes do Agnus Dei e na Comunhão.
Durante a leitura do Evangelho da Missa de São Boaventura, vi, acima de mim, raios luminosos e, em seguida, um sol nas palavras Vos estis lux mundi – Vós sois a luz do mundo. O sacerdote é a luz do mundo por meio do anúncio da doutrina do Sagrado Coração de Jesus e por meio da sua vida, semelhante à dos Anjos no meio de um mundo depravado.
No êxtase após a Consagração, vi o amado Salvador abraçar-me com ambos os braços, desprendidos da cruz; também isso, provavelmente, vale para todos os sacerdotes. A Consagração é a morte sacrifical do Senhor. Importa que o sacerdote se ofereça a si mesmo em íntima união com o Cordeiro do sacrifício.
O abraço do Divino Salvador, a atrair a si o sacerdote, é prova de ilimitado amor; ilimitado amor a oferecer-se para ser abraçado e amado por ele, e ser ofertado ao Pai Celeste. O amado Salvador, em sua grande bondade, quis dar-me certeza sobre esta visão.
Ao meio-dia, tive de súbito a mesma visão durante o exame de consciência. O amado Salvador me abraçou com seus braços, desprendidos da Cruz, e eu o abracei; e desta vez o atraí a mim, para dentro do meu coração. E ele permitiu que o fizesse. A seguir, fiz o mesmo insistente pedido ao seu Divino coração: “Concede que Te ame sinceramente”.
2712 – 16 de julho de 1939. Dulcíssimo Coração de Jesus. O mesmo que no dia 1.1. Na santa Missa, dois êxtases de amor: na Consagração e na Comunhão.
Ontem, vi, na Consagração, o amado Salvador na cruz, em tamanho natural, bem à minha frente. Eu temia que fosse ilusão, porque a imagem parecia sem vida. Após muito hesitar, resolvi descrever a visão como julgo tê-la visto. Mas, quando me dispus a escrever, o amado Salvador não me permitiu que escrevesse sequer uma sílaba. Foi-me fisicamente impossível acrescentar qualquer coisa às poucas palavras de ontem. Conformei-me, e quanto me lembro, pensei: “Se a visão foi genuína, o amado Salvador a repetirá”.
E Ele o fez de modo totalmente inesperado, pois hoje, quanto me recordo, vi o amado Salvador pregado na cruz, diante de mim em tamanho natural, logo no início da Missa. Quanto pude perceber, ele pronunciava comigo as palavras da Missa. Vi-o, nitidamente, mover os lábios e, ao menos uma vez, dirigir os olhos para o alto, em oração. Isso durou por toda a Missa, embora não pudesse estar continuamente atento ao fato.
Desenhei precisamente o momento da oração Súplices te rogamos – Suplicantes Te rogamos, por ser mais fácil desenhá-lo.
Esta visão quer mostrar o fato de que a santa Missa é a maravilhosa renovação do sacrifício da cruz, e isto desde o começo até o fim, e que o amado Salvador faz suas as palavras do sacerdote.
O sacerdote goza do privilégio invejável de ser o representante visível do Divino Sacerdote. Ele, que na cruz se ofertou por nós, com infinito amor ao Pai Celeste, sobre o altar, faz o mesmo por meio do agraciado sacerdote, por Ele tão profundamente amado.
Tive que escrever e desenhá-lo.
2832 – 10 de novembro de 1939. Dulcíssimo Coração de Jesus. Como no dia 1.1. Lágrimas. Na santa Missa, dois êxtases de amor: na Consagração e na Comunhão. No início da santa Missa, vi a Santíssima Trindade. Quando, durante o oferecimento do cálice, pronunciava a oração prescrita, vi meu coração no lugar mais alto do cálice, mas sem que este desaparecesse totalmente. É o que sempre digo aos seminaristas no exercício do ritual da Missa. Devemos oferecer a Deus o próprio coração junto com as oferendas. Tenho que escrever e desenhar isso.
2844– 22 de novembro de 1939. Doce Coração de Jesus. Como no dia 1.1. Na santa Missa, dois êxtases de amor: na Consagração e na Comunhão. No momento em que pronunciava as palavras: Benedic boc sacrificium tuo sancto nomini praeparatum – Abençoai este sacrifício, preparado para o vosso santo nome, vi como a cruz feita a mão se transformava em chamas. Tenho que escrever e desenhar o fenômeno.
2850 – 28 de novembro de 1939. Dulcíssimo Coração de Jesus. Como no dia 1.1. Durante a contemplação, muitas lágrimas. Na santa Missa, dois êxtases de amor: na Consagração e na Comunhão. Na oração Supplices te rogamus – Suplicantes te pedimos, o amável Salvador fez-se presente na cruz.
No ósculo do altar, durante a oração quotquot ex bac altaris participacione – para que a participação deste altar, comprimi os lábios sobre sua chaga lateral. No Memento, vi o amável Salvador na cruz na minha frente. Quando já estive pronto com o Memento e queria prosseguir, notei que Ele me atraía para si.
Como eu temia novamente que fosse um jogo da imaginação, primeiramente resisti. Depois, percebi que era inútil resistir. Então cedi ao impulso do amável Salvador, desci mais e mais na profundidade.
O amável Salvador abraçou-me com seus dois braços e me deixou descansar bastante tempo em seu Sagrado Coração. Ao descrever esta demonstração de amor, não consegui evitar as lagrimas. Pedi ao amável Salvador, enquanto beijava afetuosamente minha cruz, que ele me concedesse ser-lhe fiel. Eu tive que desenhar e escrever tudo isso.
2867– 15 de dezembro de 1939. Doce Coração de Jesus. Como no dia 1.1. Na santa Missa, dois êxtases de amor: na Consagração e na Comunhão.
Ontem, pouco tempo depois de ter escrito o relatório, pareceu-me que o amável Salvador desenhava a segunda visão citada. Eu não queria negar-me, mas pretendia ser cauteloso e aguardar.
Na Missa, preparei-me primeiramente contra qualquer fantasia. Mas durante o êxtase, depois da Consagração, vi primeiro a visão que eu tinha visto ontem. O amável Pai Celeste segurava a cruz em que estava o amável Salvador. De sua chaga lateral fluía novamente sangue, mas não em cima de mim, e sim, para o lado. Todavia, pouco a pouco a cena mudava. O jato de sangue tomou a minha direção e finalmente me alcançou. Também não ficou nisso.
O Salvador crucificado, ou melhor, ao Pai Celeste com o amável Salvador, inclinou-se um pouco para mim e, pareceu-me, fui em sua direção. Assim, estando eu um pouco acima do altar, bebi diretamente da chaga lateral o Santíssimo Sangue, que até agora eu só havia recebido em forma de jato. Tenho que escrever e desenhar isso. Graças sejam dadas ao Sagrado Coração de Jesus. Segundo êxtase, na Comunhão.
O significado é claro: o Santíssimo Sangue flui na Missa, primeiramente para todos, depois especialmente para o sacerdote, que tem a felicidade de beber o Santíssimo Sangue diretamente do Sagrado Coração de Jesus.
2877 – 25 de dezembro de 1939. Dulcíssimo Coração de Jesus. Como no dia 1.1. Nas três santas Missas, dois breves êxtases de amor em cada uma: durante a Consagração e a Comunhão.
Na segunda missa, vi o Menino Jesus sobre o Corporal, após a Consagração. Logo depois, eu vi-o no meio de um sol radiante. Depois das muitas demonstrações de amor do Sagrado Coração de Jesus, logo no início da novena de Natal, não esperava, já por esse motivo, nenhuma nova graça: levo o Menino Jesus sempre comigo. Eu o vejo dentro de mim. Isso dá motivo a fortes impulsos de amor.
Fui de noite à igreja paroquial a fim de ouvir confissões e preparar as almas para receber o Menino Jesus. À 1h, deitei novamente. Após curto sono, acordei. O Menino Jesus estava dentro de mim. Eu o vejo e o abraço. Adormeço novamente. Acordo outra vez. O ardor de amor é quase insuportável. Vejo-me obrigado a escrever e desenhar isso.
2928 – 17 de janeiro de 1940. Dulcíssimo Coração de Jesus. C
omo no dia 1.1. Na meditação, lágrimas.
Madalena: Rabboni. Meu Mestre no aniquilamento diante da Divina Majestade. Ideo quod perfectius esse cognovero faciam – Por isso farei o que for mais perfeito. Na santa Missa, dois êxtases de amor, mas ambos breves, na Consagração e na Comunhão.
No início da Consagração, notei, de repente, que o amável Salvador estava na cruz diante de mim. Porém não prestei mais atenção nisso. Afinal, poderia ser uma ilusão. Mas após a adoração da santa Hóstia, percebi, com clareza, o amável Salvador na cruz.
Assim que disse as primeiras palavras: Hic est – este é o cálice, caíram gotas do Santíssimo Sangue da chaga lateral para dentro do meu cálice. Quando prossegui: Calix sanguinis mei – cálice do meu sangue, o sangue jorrou abundante para dentro do cálice. Santa e consoladora verdade! O sangue de Jesus Cristo, Filho de Deus, jorra realmente, mesmo que oculto sob um véu, sob minha mão sobre o altar.
Que graça para mim que Ele se dignou retirar o misterioso véu e mostrar-me a realidade.
2933 – 18 de janeiro de 1940. Dulcíssimo Coração de Jesus. Como no dia 1.1. Na santa Missa, dois êxtases de amor breves: na Consagração e na Comunhão.
Na primeira parte da Consagração, percebi, exatamente como ontem, o amável Salvador da cruz. No início da consagração do cálice, novamente gotas e jato do Santíssimo Sangue para dentro do cálice. Logo me passou pela cabeça: é repetição. Mas de repente, o Santíssimo Sangue transbordou por cima da borda do cálice e se derramou sobre o corporal. Meu primeiro pensamento foi: ele está escorrendo para o Purgatório. Em todo caso, ele foi distribuído para toda a Igreja e para toda a humanidade.
Amável amor, pela vontade do teu Santíssimo Sangue, salva as almas, principalmente aquelas pessoas que morrem hoje.
Tenho que fazer o desenho e escrever isso. Na Comunhão, o amável Salvador na cruz estava novamente firme diante de mim e eu bebi novamente, como já em outra ocasião, o Santíssimo Sangue de sua chaga do lado.
A Hóstia em Grande Esplendor
2936 – 21 de janeiro de 1940. Dulcíssimo Coração de Jesus. Como no dia 1.1. Na santa Missa, dois êxtases de amor: na Consagração e na Comunhão.
Logo depois da consagração da santa Hóstia, vi-a em grande esplendor e, em volta dela, um sol, mas apenas em volta da santa Hóstia. No entanto, logo desapareceu.
Quando eu ia para o quarto, pelo corredor, depois da santa Missa, vi dentro de mim, em grande esplendor, a Santíssima Trindade. Em volta de mim formou-se um sol, que me envolveu totalmente.
Eu tenho que desenhar e escrever isso.
2937 – 22 de janeiro de 1940. Dulcíssimo Coração de Jesus. Como no dia 1.1. Na Santa Missa, dois êxtases de amor: na Consagração e na Comunhão. Tudo isso apesar de ter que lutar constantemente contra a impaciência.
Nas duas últimas visões, vi o amável na cruz e um anjo, que recolhia num cálice o sangue que vi correr na santa chaga do lado. Logo me veio à mente: isso eu já vi mais vezes, pelo menos algo parecido. Mas de repente, a cena se transformou numa outra que eu nunca vira e que nunca supunha nem esperava.
O anjo colocou seu cálice cheio diante de mim no altar. Eu deveria, portanto, beber o sangue que ele acabara de recolher no cálice e que escorrera do lado vivo do amável Salvador. Era, portanto, o meu cálice da Missa. Muito bonito e piedoso. Prossegui com a santa Missa e bebi o verdadeiro Santíssimo Sangue.
Tive que desenhar isso, apesar do grande trabalho que me deu a segunda representação. Mas de nada adiantou. O Sagrado Coração de Jesus, em cuja honra eu rezei a santa Missa, insiste nisso. Também tenho que fazer o registro.
Eu disse que era o cálice da Missa. Mais precisamente foi assim: o anjo tinha um cálice, que trouxe cheio do Santíssimo Sangue para o altar, exatamente no lugar onde estava o cálice da Missa. Vi como o anjo inclinou um pouco o seu cálice da Missa, enquanto que a parte inferior dos dois ainda estava separada.
Além disso, não me lembro de ter visto algo mais. Portanto, é verdade: o anjo fez do seu e do meu cálice um único. Tive que acrescentar isso.
2942 – 27 de janeiro de 1940. Doce Coração de Jesus. Como no dia 1.1. Na santa Missa, dois êxtases de amor: na Consagração e na Comunhão.
Ao receber a Comunhão, vi a santa Hóstia descer dentro do meu coração em forma de uma chama de fogo. Desta chama formou-se uma cruz chamejante com os braços iguais para cima e para baixo, para a direita e para a esquerda. Finalmente ela tomou a forma de uma cruz normal, em cuja haste minhas mãos estavam estendidas.
A graça da Comunhão faz o ser humano tomar a forma do Salvador que sofre. “Toda vez que comerdes deste pão e beberdes deste sangue, devereis anunciar a morte do Senhor”.
Eu tenho que fazer o desenho e escrever isso.
2953 – 6 de fevereiro de 1940. Ó Doce Coração de Jesus. Como no dia 1.1. Na meditação, muitas lágrimas. Na santa Missa, dois êxtases de amor: na Consagração e na Comunhão.
Nesta última, vi o amável Salvador sentado. Eu me ajoelhei diante dele e pude beijar sua mão esquerda. A visão perdurou inalterada até me convencer de que a posição de joelhos era expressamente a desejada. Apesar de todo amor que o Divino Salvador demonstra no sacerdote, ele não pode abrir mão das demonstrações de respeito, que convêm à sua Santíssima Majestade.
Quando Ele propicia ao sacerdote ir ao altar, este deve saber que isso é uma demonstração de graça, pela qual deve ser grato com toda humildade.
Eu tive que fazer o desenho e escrever isso. Posteriormente, acredito, ocorreu-me o verdadeiro sentido da visão que no início eu procurava inutilmente.
Hoje é terça-feira de carnaval, dia em que devemos pedir perdão ao amável e profundamente ofendido Coração de nosso Senhor. E nós também pedimos perdão através da adoração ao Santíssimo Sacramento, que hoje fica exposto durante o dia todo. Mas mesmo aí introduz-se, furtivamente, a falta de respeito. Ao terminar de fazer o desenho, fui visitar o amável Salvador no Santíssimo Sacramento exposto.
Ali vi um irmão, que estava limpando o pó dos bancos, e isso diante do Santíssimo exposto. Por isso eu lhe disse que tal coisa não convinha. Resposta: O Pe. Ministro me ordenou. Mas isso não convém, eu repeti, e fui para meu lugar. Quando o irmão prosseguiu no seu trabalho, não pude mais suportar esta falta de respeito. Disse-lhe que ele deveria deixar isso. Eu mesmo iria desculpá-lo junto ao Pe. Ministro, e fui imediatamente até ele. Como não o encontrei no quarto, quis evitar qualquer adiamento da desculpa. Escrevi algumas linhas, comunicando o que havia acontecido.
Com isso pedi desculpas tanto pelo irmão, quanto por mim. O Pe. Ministro me procurou sem demora e eu lhe pedi desculpas novamente.
2954 – 7 de fevereiro de 1940. Doce Coração de Jesus. Como no dia 1.1.
Antes da Consagração, vi o amável Salvador na cruz, bem diante de mim, os olhos voltados para o céu, como para dizer: Quem irá me proteger contra desrespeitos? Pois eu pensava sempre no acontecimento de ontem e receava que era melhor ter deixado as coisas como estavam ao invés de prejudicar a autoridade do Pe. Ministro.
Mas após minhas primeiras palavras, já não havia mais nada a fazer. De qualquer forma, eu o fiz da melhor maneira possível. Após a Consagração, o amável Salvador inclinou-se da cruz e me abraçou como no dia 14 de julho de 1939. Tive que escrever e desenhar isso.
2958 – 11 de fevereiro de 1940. Dulcíssimo Coração de Jesus. Como no dia 1.1. Na meditação, muitas lágrimas. Na santa Missa, dois êxtases de amor: na Consagração e na Comunhão.
N
o ofertório do cálice, vi saírem do Coração do Crucificado na cruz do altar, raios que desceram sobre o cálice e sobre mim. Eles deveriam dar a entender que o sacerdote, com seu sacrifício, proporciona honra e alegria ao amável Salvador. Ao elevar a santa Hóstia, desceram raios de luz em minha direção. O santo Sacrifício é oferecido pelo Sagrado Coração de Jesus ao sacerdote, também para sua própria santificação.
Tive que fazer o desenho e escrever isso.
2960– 13 de fevereiro de 1940. Doce Coração de Jesus. Como no dia 1.1. Na meditação, muitas lágrimas. Na santa Missa, dois êxtases de amor: na Consagração e na Comunhão.
Nesta última, vi o Divino Salvador na cruz, o Espírito Santo sobre ele, o Pai Celeste segurando nas mãos o amável Salvador crucificado. Eu mesmo estive envolto em chamas de amor, que cercavam também a Santíssima Trindade. Em torno da chama de amor, vi alguns anjos, admirados, olhavam para o amor ilimitado que a Santíssima Trindade demonstrava ao sacerdote.
Com efeito, ele está unido a Ela através do amor. Ele também lhe agrada especialmente quando, na Comunhão, se une ao sacrifício, que acabou de oferecer.
Eu tenho que fazer o desenho e escrever isso.
2978 – 2 de março de 1940. Dulcíssimo Coração de Jesus. Como no dia 1.1. Na meditação, muitas lágrimas. Na santa Missa, dois êxtases de amor breves: na Consagração e na Comunhão.
Vi o amável Salvador como Eu queria reprimir isso. Mas não deu. Também no Santíssimo Sacramento, o amável Salvador foi maltratado e desprezado, foi um homem do sofrimento. E quantas vezes sofreu isso até das almas que estão ligadas a Ele por profundo amor.Ecce homo, mais ou menos três vezes.
2981 – 5 de março de 1940. Doce Coração de Jesus. Como no dia 1.1. Na meditação, muitas lágrimas. Santa Missa.
Quando, no início da santa Missa, pisei do degrau do altar, desceu uma torrente de fogo sobre mim. Certamente, uma demonstração de quão agradável é para a Santíssima Trindade o sacrifício que o sacerdote está para oferecer, mas também quanto preparo Deus exige do sacerdote, pois pede até mesmo fervor de fogo, para celebrar dignamente.
Também no início, notei como o ardor de fogo desceu.
Aconteceu o mesmo quando, no Ofertório, lavei as mãos. Novamente vi a chama de fogo que veio sobre mim. E de repente vi meu coração iluminar-se com grande brilho, mas apenas por um instante.Cor mundum crea in me Deus. Lavabo inter innocentes manus meas – Cria em mim um coração puro.
Entre os inocentes lavarei as minhas mãos. Faz-se alusão ao efeito de lavar as mãos. Das mãos se transfere a pureza ao coração.
Na santa Missa, dois êxtases de amor: na Consagração e na Comunhão. Eu tenho que fazer o desenho e escrever isso.
2989 – 13 e 14 de março de 1940. Doce Coração de Jesus. Como no dia 1.1. Na Santa Missa, dois êxtases e amor: na Consagração e na Comunhão.
Na oferta do cálice, vi-o, de repente, dentro de uma chama de fogo que se elevou, mas apenas brevemente.
Primeiro, eu não queria escrever nada sobre isso. Mas não há sossego enquanto o desenho e a descrição não forem feitos mesmos já à tardinha. O Sagrado Coração de Jesus assim o quer.
Deve ser o significado das palavras que o sacerdote diz durante o sacrifício do cálice: que cálice se eleve como agradável perfume.
A Mãe de Deus em Grande Esplendor
2990 – 15 de março de 1940. Nossa Senhora das Dores. Dulcíssimo Coração de Jesus. Na Santa Missa, dois êxtases de amor: na Consagração e na Comunhão.
Um pouco antes da Consagração, vi a amável Mãe de Deus em grande esplendor como Imaculada, apesar de hoje termos a festa em honra ao seu sofrimento.
Ontem escrevi uma carta ao nosso assistente em Roma, Pe. Crivelli, sobre um livro “Chamas Divinas”, em que são atribuídas ao Divino Salvador coisas que não estão bem de acordo com a pureza angelical. Escrevi num tom de certa indignação.
Hoje de manhã, quando estava no confessionário, pensei: não sei mais como chegar ao Menino Jesus. Eu sentia, como já aconteceu uma vez no passado, seu bracinho pousando no meu pescoço e a pressão do seu bracinho como se Ele quisesse agradecer-me por ter tomado a defesa de sua honra e pureza.
Depois, visitei o Santíssimo Sacramento na nossa capela da Mãe de Deus. Ali percebi, novamente, quanto me recordo, a mesma carícia do Menino Jesus, porém não tão claramente.
De repente, a amável Mãe de Deus estava ali pessoalmente e me entregou o seu divino Menino de quem eu recebera a carícia. Creio que foi assim. Foi tudo muito rápido.
Tive que escrever e desenhar isso. Certamente a Imaculada queria mostrar, através desta afável bondade, a sua satisfação.
3002 – 27 de março de 1940. Dulcíssimo Coração de Jesu
s. Como no dia 1.1. Na meditação, muitas lágrimas. Na santa Missa, dois êxtases de amor: na Consagração e na Comunhão.
Logo após a Consagração, na oração Unde et memores – por isso, lembrados, vi, durante as palavras: et plebs tua sancta – e teu povo santo, a santa Igreja e uma multidão interminável de fiéis atrás de mim, pelos quais eu rezava como sacerdote do Altíssimo.
Quando dava a última bênção, vi uma incontável multidão. A Bênção da santa Missa vale evidentemente para toda a santa Igreja. Pois o sacerdote tem que dar a bênção, também quando reza a Missa sozinho.
Eu tenho que escrever e fazer o desenho.
3004 – 29 de março de 1940. Doce Coração de Jesus. Como no dia 1.1. Na meditação, muitas lágrimas. Na santa Missa, dois êxtases de amor: na Consagração e na Comunhão.
Na primeira, quando levantei minhas mãos no êxtase de amor, vi-me, de repente, na cruz com os braços abertos.
O mesmo se repetiu após a Comunhão. Christo confixus sum cruci. Estou pregado com Cristo na cruz. Assim como o amável Salvador está pregado na cruz de maneira misteriosa na santa Missa, assim também o sacerdote está pregado com Ele.
Na Comunhão, ele se transforma totalmente no Divino Salvador, que sofre. Eu tenho que fazer o desenho e escrever isso.
Fonte: Últimas e Derradeiras Graças
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Eis um breve relato de algumas visões do padre Reus, com relação à maravilhosa realidade sobrenatural da Santa Missa.
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Este sacerdote teve, a graça de ver sem véu o que acontece de sobrenatural durante a celebração da Santa Missa (O SANTO SACRIFÍCIO), celebrada por qualquer Sacerdote ordenado. A Santa Missa um mar de graças; o Sacerdote , outro Cristo.
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Deus escolheu este sacerdote para mostrar a todos os sacerdotes e a todo povo cristão, quanto Deus os ama e espera ser correspondido.
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O padre Reus viu tudo o que acontece de maneira invisível (mística) em cada ato de qualquer sacerdote ordenado ao celebrar os Santos Mistérios. Mesmo que nossos olhos humanos não vejam, mas acontece tudo real e vivo necessário a nossa salvação.
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No seu diário em 22 de Julho de 1938 escreveu:
N° 2310 - ...“Minha vida tem uma única finalidade: mostrar como o divino amigo dos sacerdotes ama os seus ministros e os encera em seu coração”. Deles espera amor ardente.























































O santo nome de Jesus é minha felicidade, minha alegria e minha salvação. No ano passado e já antes, sofri muito com o imenso calor do verão, devido às erupções dolorosas da pele, causadas pelo suor. Foram tão intensas que tive de recorrer ao médico. Como naquela ocasião, ao consultar o médico, não sofria disso, respondeu que esperasse até sentir novamente.
Havia diversas espécies. Este ano, o amado Salvador tomou em suas mãos este problema de saúde. Spera in eo, et Ipse faciet – espera nele e Ele providenciará. Apesar do calor e do suor, não sofri deste mal. Qual será a sua origem? Indaguei se não havia comigo algo fora do comum. Constatei que deviam ser as uvas. Este ano comecei a comer uvas por causa da saúde. Havia anos que as evitava por amor à penitência. Fiz a prova. Pequeninos sinais de vermelhão desapareceram numa noite, depois de ter comido um pouco de uvas. Aí, veio-me a idéia: a devoção ao Coração de Jesus, principalmente a Comunhão, é um meio tão simples para tirar os males da alma e para livrar-nos de más inclinações
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Na santa Missa, tive três ou quatro êxtases de amor. Logo no começo da santa Missa, ao rezar o Salmo de Entrada do pé do altar, vi, ao pronunciar as palavras Emmitte lucem tuam – envia a tua luz, repentina e rapidamente, um raio de luz, vindo do altar sobre mim. Sem dúvida, estas palavras da Luz Eterna são dadas ao coração do sacerdote para trazer luz. Ele deve pedir, logo no início da santa Missa, a luz divina para que, em espírito de fé, realize sua tarefa divina.
Na Consagração, êxtases de amor, como também na Comunhão. Novamente senti, primeiro, o doloroso fogo de amor, que passou para um calmo ardor de amor. Cobri o cálice e, no momento em que dobrava o corporal, repentinamente senti o ardor de amor. O coração queimava tanto, que eu pressionava a mão esquerda no peito e, devido ao ardor, me inclinava para trás, com a mão direita na testa. Nesta posição, vi o amado Salvador junto de mim e como Ele me abraçava com seu braço esquerdo. Isso durou bastante tempo.
Hoje, Laeva eius sub capite meo – a mão esquerda sobre a minha cabeça; uns dias antes na cruz, Dextera eius amplexabitur me – O braço direito me abraçava.
Completei a purificação do cálice e veio, tanto quanto posso lembrar-me, um novo êxtase de amor. Este amor ilimitado do Sagrado Coração de Jesus me causa uma forte impressão. Logo no início da ação de graças, eu disse: O que vou oferecer em troca deste amor?
Nisso, vieram as lágrimas, como sempre quando estou desamparado e sem saber o que fazer. Repetia: Eu não tenho nada, nada, nada, nada. O desenho corresponde à realidade. Somente, nesta posição, eu estive um pouco mais virado para o altar. Eu tive que fazer o desenho. O amado Salvador deve ter seus santos motivos. Que eu ilimitado amor se evidencie em tudo.

Faço isso todos os dias, revestido com poderes divinos para a oblação celeste. Celeste, porque é de lá o Cordeiro do Sacrifício; celeste, porque é de lá o sacerdote do Sacrifício; celeste, porque do véu vem sua própria força, a Glória de Deus; celeste, porque o efeito é para o céu pela absolvição; celeste, porque foi profetizado com palavras do céu; celeste, porque os profetas eram escolhidos e prefigurados pelo céu; celeste, porque pela presença do Santíssimo Sacramento converte a terra em céu; celeste, porque enche o coração humano com felicidade do céu; celeste, pela finalidade que tem em conduzir os homens para o céu. Quod perfectius esse cognovero, faciam – Farei o que for o mais perfeito.
Na santa Missa, dois êxtases de amor: na Consagração e na Comunhão. Servem, principalmente nos últimos três dias, indiretamente, como confirmação da veracidade das visões. Apresentaram-se as mesmas circunstâncias sempre. Não obstante, nada de visões. Contudo, manifestou-se grande ardor de amor. Também senti mais os estigmas, aliás como em muitas ocasiões. Não estou mais anotando isso.

Hoje fui ao hospital. Apesar de o Pe. Ministro ter oferecido o carro para esse fim, renunciei a ele, por amor à pobreza. No caminho, encontrei um menino que conduzia uma mula pelo cabresto. Falou comigo de modo muito confiante. Disse: “O senhor não quer segurar um pouco a mula, para que eu possa montar nela? Porque ela morde”. Por um instante, fiquei em dúvida, pois não sabia se a mula não morderia o cavaleiro, ou se não era traiçoeira.
Segurei, o cabresto que o pequeno, com jeito, colocou na posição certa. Eu estava assim protegido. Mais um instante, e o menino havia montado. Pronto, disse ele, e saiu cavalgando. Sozinho não teria conseguido.
Assim acontece na oração: Se nós apresentamos um pedido, Deus nos ajuda imediatamente e tudo vai bem. Se omitimos a oração, Deus nos deixa sozinhos, do mesmo modo como eu teria passado por este menino, caso ele não tivesse pedido o favor, a minha ajuda. Fui ao hospital para ouvir a confissão de um irmão em Cristo. Fui somente para isso.
Amor à Santíssima Trindade

Já durante a primeira oração, veio o primeiro êxtase de amor. Durante a leitura da Epístola, vieram outros dois, um próximo do outro. Na Consagração, tive um êxtase. Na recepção da Comunhão, vi repentinamente um imenso incêndio no coração. Não era fantasia. Pois esta age de modo diferente.
Vi como este ardor de fogo se elevou para o alto, e suas extremidades chegaram até a Santíssima Trindade. Transformaram-se, então, numa coroa de fogo ao redor da Santíssima Trindade. Assim terminou o último, o quinto êxtase de amor. O amor à Santíssima Trindade é o fim e a consumação do amor ao Sagrado Coração de Jesus. “Ninguém chega ao Pai senão por mim. Esta é a vida eterna, para que te conheçam e conheçam aquele que Tu enviaste”. Eu devo fazer o desenho e a descrição. O amado Salvador assim o quer.

Ontem, li um artigo sobre as revelações particulares, referentes à condenada devoção à cabeça de Jesus Cristo. De novo, propus-me, firmemente a não envolver-me no assunto. Cheguei, então, ao Memento dos mortos. De súbito, vi por sobre a santa Hóstia a coroa, que ontem me fora colocada sobre a cabeça. Fechei os olhos, de modo que não mais vi a santa Hóstia. Abri os olhos, procurei resistir, mas nada adiantou. A coroa ali estava. Minha resistência até deu ensejo a um breve e autêntico êxtase de amor.
Passando este, vi, em vez da santa Hóstia coroada, a face coroada do próprio amado Salvador, em tamanho mais ou menos natural. Nada pude fazer para evitar isso. É claro que se trata duma confirmação da visão de ontem. A coroa ainda estava sobre a minha cabeça, embora menos nítida. Assim, o Divino Sumo Sacerdote parece querer indicar que confere aos seus sacerdotes a sua própria coroa, a atual coroa do sacerdócio e a futura coroa da glória aos que perseverarem no seu amor.
Pouco antes das 12h, quando me dirigia ao outro prédio para almoçar, precisamente ao atravessar a rua, vi o amado Salvador em mim, ornado daquela mesma coroa. Isto me livra duma dúvida, que tive há pouco; já há tempo vira a sagrada face de Jesus sobre o meu peito. Fiquei em dúvida se aquela visão não seria uma ilusão. Mas a de hoje mostrou-me claramente que a dúvida não era justificada. Naquele tempo, pus, levianamente, por escrito, que não reconhecia isso como verdadeiro.
Dou graças ao Sagrado Coração de Jesus. Tive que fazer os três desenhos, porque assim o quis o amado Salvador.

Após a Consagração, vi em mim, quando me lembro, a Sagrada Face do amado Salvador num grande brilho, que se estendia além da minha pessoa. Nisso, eu vi de súbito no interior de um sol. Tive que desenhar isso. O amado Salvador assim o quer.
O Cristo vivo em nosso interior: O sacerdote dentro do Sol, sendo um sol ele próprio! Que realidade! Ele há de ser um templo de sol para si mesmo pela pureza do coração. Ele deve ser um templo brilhante como o sol, em que Jesus Cristo, sol dos espíritos e sol da justiça, estabelece sua morada. Ele é um sol para a Santíssima Trindade, pelo ardor de sua caridade para com Deus, por meio da oferta brilhante como sol.
Na Missa, o glorioso Sol Divino é chamado a ofertar o Filho glorificado de Deus. Toda a simbologia da luz é aplicável ao sacerdote.

Outra flama subia das sagradas espécies, e ambas se uniam numa só. O provável significado disso é que o pedido do sacerdote pelo descanso das pobres almas torna-se também o pedido do Sagrado Coração de Jesus. Deste modo, sobe ao trono da Santíssima Trindade um único ardente pedido pela libertação imediata das pobres almas aprisionadas. Tenho que escrever isso.

Hoje, no dia do aniversário da morte de meu pai, que com tão generosa renúncia consentiu a minha entrada na Companhia de Jesus, rezei a santa Missa por ele. 

Na oração do Ofertório, ao rezar Domine Jesu Cbriste, Rex gloriae – Senhor Jesus Cristo, Rei da Glória, vi, de súbito, o Divino Salvador diante de mim, em grande esplendor, como Rei da Glória, com o cetro e a coroa. Permaneceu assim durante toda a celebração e após a Consagração, também com o Sagrado Coração visível, e até depois. Ainda ali estava, quando saí da pequena capela. Quando já estava na capela maior, em ação de graças, continuei a vê-lo à distância, em imagem clara, no mesmo ponto da capela pequena.
Há cerca de 25 anos, não vivenciara coisa semelhante. Por esta razão, começara, nos últimos tempos, a duvidar de que uma visão semelhante, que tivera em Porto Alegre, seria genuína. O amável Salvador, ao que parece, quis dirimir esta dúvida, concedendo novamente a mesma graça. Somente as pessoas são diferentes. Naquela ocasião, se bem me lembro, foi a querida Mãe de Deus que permaneceu no meu aposento. Tive que desenhá-lo.
Certamente o amável Salvador quis mostrar que as palavras ditas pelo sacerdote, na santa Missa, sempre correspondem a uma realidade, ainda que não a percebemos com os sentidos. Neste ponto, é preciso ativar a fé.
De vez em quando, Ele nos concede a grande graça de tirar um pouco o véu, ou cortina, para que nos demos conta de quanto são grandes os mistérios, ocultos sob as insignificantes formas externas. A nós cabe aprender a crer.


Desde o início, eu via as Santas Pessoas sobre o altar, rodeadas de anjos a adejar em torno das mesmas, certamente, para indicar que também os anjos estão presentes ao santo sacrifício. No momento em que subia ao altar, rezando Aufer a nobis – Afastai de nós, as três Santas Pessoas me abraçaram. Escrevo, porque assim o quer o Sagrado Coração de Jesus. Por sua vontade, também faço o desenho.
Ademais, creio que a Santíssima Trindade concede esta demonstração de amor a todo sacerdote que se aproxima dignamente do altar, embora tal não se possa constatar. Impelido pelo Sagrado Coração de Jesus, preciso relatar uma amorosa prova de sua providência.
Ontem, quando ainda não terminara a celebração da santa Missa, entrou alguém na capela para celebrar, embora, ao que me consta, isso não seja vontade do Pe. Ministro. Ele deveria vir mais tarde. Tive a idéia de pedir ao Pe. Ministro que impedisse tal estorvo. Mas aí pensei comigo: Foi permissão do amável Salvador. Suporta-o com paciência por amor a Ele. Por isso, não falei.
Hoje de manhã, quando ia perturbar-me novamente com aquela presença, pus minha confiança no Sagrado Coração de Jesus. Spera in eo et ipse faciet – Espera nele e Ele providenciará. Ele o fará. Contra toda a expectativa, não sei por que razões, o coirmão não celebrou depois de mim. Parece que não ter importância. Para mim, porém, é uma prova real de que o amado Salvador repara em todas as minúcias, referentes àqueles que Ele ama, e lhes possibilita, por meio das circunstancias, a se convencerem do seu amor. Não tenho paz enquanto não tiver feito o desenho do amplexo recebido da Santíssima Trindade.
O amplexo foi tal que cada uma das três Pessoas me abraçaram simultaneamente. Não é possível descrever isso. Eu o desenho, porque assim o quer o Sagrado Coração de Jesus. Não me recordo ao certo se já estiveram presentes os santos Anjos, por isso os omiti. O abraço foi o sinal sensível do perdão que pedira. Só agora me dou conta do sentido do primeiro abraço, do dia 8 de abril de 1937. Foi o sinal sensível do perdão, pedido com as palavras: Ut indulgere digneris omnia peccata meã – Para que perdoeis todos os meus pecados. Logo, é um abraço dado a todo sacerdote que se aproxima do altar de coraç
ão sincero. Naquela ocasião, o amável Salvador sozinho me envolveu nos dois braços.



Ao segundo êxtase de amor, após a Comunhão, não quis dar atenção. Mas é impossível. O amado Salvador o quer. Eu desenhara a cruz vista de frente, mas tinha visto de lado. Julgava que diferença tão insignificante não merecia atenção. Mas o amável Salvador não me deu descanso até que desenhasse a cruz bem de acordo com a realidade, isto é, de pé, inclinada, bastante mal traçada. Mas que fazer? Sua Santíssima vontade seja cumprida. Ele não tolera inexatidão, muito menos inverdade.



De súbito, vi, através de uma densa camada de nuvens que se alargava em direção ao alto, o céu aberto. Quanto me lembro, vi, primeiro, os queridos Santos, depois a Santíssima Trindade, especialmente o Pai Celeste, que olhava para mim com indescritível bondade e amável agrado.
Esta visão perdurou até a bênção, ainda que um pouco menos intensa, depois que readquiri a liberdade de movimentos. A Santíssima Trindade deu a bênção ao mesmo tempo em que eu a dava, dizendo: In nomine Patris et Filii et Spiritus Sancti, que como no dia 1º de janeiro de 1939.
Tive que desenhar e escrever isso. Graças sejam dadas ao Sagrado Coração de Jesus. Ontem à noite, na bênção, vi-me dentro do Sagrado Coração de Jesus, de modo diverso das outras ocasiões. Pois vivo constantemente incluído neste Sagrado Coração de Jesus, de modo diverso das outras ocasiões. Pois vivo constantemente incluído neste Sagrado Coração. Bondade imensurável do Sagrado Coração. Tive que acrescentar posteriormente os queridos Santos.

Ontem à noite, na bênção da novena, em preparação para a festa do Sagrado Coração de Jesus, de amanhã, estive em ardor desde o início. De repente, senti no peito um aperto terrível, de modo que me encolhi, abalado, e senti ser-me extraído o coração. Depois vi, primeiro menos, depois mais claramente, como o amável Salvador, que aparecia sobre o altar, implantava seu Coração no meu peito e punha no seu peito o meu coração. Não era possível qualquer duvida.
No momento, me senti muito envergonhado, prestes a derramar lágrimas. Sinto-me em total impossibilidade de corresponder a um tal amor. Então, repito o pedido íntimo: “Ajuda-me a amar-Te. Pede o que quiseres. Quero que tudo Te pertença. Ajuda-me apenas a Te agradecer”. Ignoro o que há de especial em meu coração para que seja favorecido com tamanha graça. Nisso, parece-me estar escutando o amável Salvador: “Se tenho prazer em agir assim, que te importa?” Por isso, confio na bondade do Sagrado Coração de Jesus. Ele fará tudo bem. Tive que fazer o desenho.


Na santa Missa, dois êxtases de amor: na Consagração e na Comunhão; neste último êxtase, me vi levantado do chão para o interior da Santíssima Trindade, de modo a encontrar-me entre o Pai Celeste e o amado Salvador, porém não na mesma altura. Esta é certamente uma prova extraordinária do amor da Santíssima Trindade para com o sacerdote, que tem acesso ao trono da Santíssima Majestade de Deus, e é elevado à participação no mais íntimo e confidencial amor. Si dederit bomo omnem substantiam domus suae pro dilectione, quasi nibil despiciet eam (Cant. 6,8). Se alguém oferecesse toda a fortuna de sua casa, em troca do amor, estaria disposto a suportar os maiores desprezos. Logo, sacrificar tudo. Devo escrever e desenhar isso. Toda a honra ao Sagrado Coração de Jesus.
Entretanto, a visão de hoje, com o do dia 25, significa, para a alma do sacerdote, o amor da Santíssima Trindade, ainda que de outra maneira. Aquela é a visualização da palavra Dilectus meus mibi – O meu amado é para mim, porque, no dia 25 de junho, a Santíssima Trindade havia se entregue de todo a mim, et ego illi – e eu a Ela. Hoje, Ela se dignou atrair-me inteiramente a si. Este é, provavelmente, o verdadeiro sentido, que aduzo porque o Sagrado Coração de Jesus não se contentou com a outra situação e me concedeu esta.

Já ontem, parecia-me que a Santíssima Trindade se achav
a presente, sensivelmente, bem próxima ao altar. Nada escrevi a respeito, porque omito tudo o que posso evitar. Hoje, percebi, quanto posso lembrar-me, logo após a Consagração, a Santíssima Trindade.

As três Santas Pessoas eram maiores do que eu. Eu estava junto ao altar, entre as três Santas Pessoas. Isto é outra demonstração da grande dignidade do sacerdote, que tem acesso ao Santíssimo dos Céus, no altar, ao qual a Santíssima Trindade desce na hora do sacrifício. Demonstra, ainda, o íntimo amor da Santíssima Trindade ao sacerdote, que julga digno de permanecer em tão estreita proximidade da Santíssima Majestade de Deus e, é claro, mostra também a prontidão em atender benignamente seus pedidos.
O pensamento dessa bondade e condescendência sem limites desconcertou-me. Perturbado e incapaz de retribuir ou corresponder, ao menos de alguma forma, a um tal amor, pedi intimamente socorro. Todo o ardor experimentado a seguir, na Ação de Graças, pareceu-me ser nada, nada, nada.
Sentindo minha impotência, pedi ao Sagrado Coração que ele próprio realizasse seus propósitos, e pus-me ao seu inteiro dispor. Spera in eo et ipse faciet. Põe a tua esperança nEle e Ele providenciará.
Na Comunhão, pareceu-me que a Santíssima Trindade se unia, pequenina, à santa Hóstia, e que assim entrava no meu coração, onde permaneceu, embora um tanto menos nítida que antes.

O último foi intenso. Vi-me, de súbito, acima do altar, unido a Ele em amistoso abraço. Ele me abraçou, e eu a Ele. Inaudito. A seguir, na Ação de Graças, eu lhe disse: “Estou envergonhado diante de todo o Céu”. Quero, pois, pertencer totalmente ao seu Divino Coração. Que Ele disponha de mim como lhe aprouver. Tenho que escrever e desenhar isso.
Essa demonstração de amorosa amizade vale para todos os sacerdotes. É a realização das palavras: Iam nom dicam vos servos sed amicos meos – Já não vos chamo servos, mas amigos, que são repetidas, solenemente cantadas, na liturgia da ordenação sacerdotal.
Após a Consagração, esteve presente também a Santíssima Mãe de Deus, por alguns momentos.


Desde o início, vi, sobre o altar, o amado Salvador na cruz, em tamanho natural. Durante o Pai Nosso, vi-o envolvido em esplendor. Enquanto pronunciava as palavras Domine non sum dignus – Senhor, eu não sou digno, vi como o Salvador crucificado estendia as mãos para mim, para significar a sua infinita misericórdia para com o sacerdote.
Precisamente no instante em que o sacerdote reconhece ser indigno de receber o Senhor em seu coração, Ele precisamente por este gesto, em sua amorosa bondade, acha o coração tão bem preparado que tem verdadeiro desejo de nele entrar, para comunicar-lhe a liberalidade dos frutos de sua paixão.
Tive que fazer dois desenhos e anotar isso. Lamento não saber desenhar melhor. Na meditação: lágrimas.

O significado evidente é que o primeiro pensamento de Jesus, no instante de sua presença sacramental sobre o altar, é a união íntima e cordial com o dileto sacerdote, que lhe doou a vida sacramental.
Logo no início da santa Missa, vi o amado Salvador sobre o altar, mostrando seu amoroso Coração, provavelmente por ser a primeira sexta-feira do mês.
O Sagrado Coração de Jesus exige que o escreva e desenhe.


Mas na santa Missa, rezada em honra do Sagrado Coração de Jesus, às palavras supra quae propitio – sobre as quais profecio, lá estavam de novo as palavras: “Eternamente unidos” a certa altura, envoltas em luz. Isso perdurou durante a oração Súplices – Suplicantes.
Portanto, essas palavras se referem a todos os sacerdotes, não incondicionalmente, mas como consoladora promessa. Porque o sacerdote se imola junto com o divino Cordeiro sobre o altar ao Pai Celeste. A ele se une no ósculo do altar às palavras: ut quotquot – para todos os que participam.
Por isso usufrui da consoladora promessa de que o ósculo do altar se estenda à união eterna na mais íntima comunhão de vida na contemplação de Deus: unidos eternamente.
Na santa Missa, dois êxtases de amor: na Consagração e na Comunhão.
Tive que escrever e desenhá-lo. Posteriormente fui obrigado a trocar a figura ereta em pé pela inclinada, porque desta forma é realçada de forma mais clara a união do sacerdote com o Cordeiro sacrifical por meio do beijo. Como Deus quiser.
O Salvador Desprende os Braços da Cruz


Durante a leitura do Evangelho da Missa de São Boaventura, vi, acima de mim, raios luminosos e, em seguida, um sol nas palavras Vos estis lux mundi – Vós sois a luz do mundo. O sacerdote é a luz do mundo por meio do anúncio da doutrina do Sagrado Coração de Jesus e por meio da sua vida, semelhante à dos Anjos no meio de um mundo depravado.
No êxtase após a Consagração, vi o amado Salvador abraçar-me com ambos os braços, desprendidos da cruz; também isso, provavelmente, vale para todos os sacerdotes. A Consagração é a morte sacrifical do Senhor. Importa que o sacerdote se ofereça a si mesmo em íntima união com o Cordeiro do sacrifício.
O abraço do Divino Salvador, a atrair a si o sacerdote, é prova de ilimitado amor; ilimitado amor a oferecer-se para ser abraçado e amado por ele, e ser ofertado ao Pai Celeste. O amado Salvador, em sua grande bondade, quis dar-me certeza sobre esta visão.
Ao meio-dia, tive de súbito a mesma visão durante o exame de consciência. O amado Salvador me abraçou com seus braços, desprendidos da Cruz, e eu o abracei; e desta vez o atraí a mim, para dentro do meu coração. E ele permitiu que o fizesse. A seguir, fiz o mesmo insistente pedido ao seu Divino coração: “Concede que Te ame sinceramente”.

Ontem, vi, na Consagração, o amado Salvador na cruz, em tamanho natural, bem à minha frente. Eu temia que fosse ilusão, porque a imagem parecia sem vida. Após muito hesitar, resolvi descrever a visão como julgo tê-la visto. Mas, quando me dispus a escrever, o amado Salvador não me permitiu que escrevesse sequer uma sílaba. Foi-me fisicamente impossível acrescentar qualquer coisa às poucas palavras de ontem. Conformei-me, e quanto me lembro, pensei: “Se a visão foi genuína, o amado Salvador a repetirá”.
E Ele o fez de modo totalmente inesperado, pois hoje, quanto me recordo, vi o amado Salvador pregado na cruz, diante de mim em tamanho natural, logo no início da Missa. Quanto pude perceber, ele pronunciava comigo as palavras da Missa. Vi-o, nitidamente, mover os lábios e, ao menos uma vez, dirigir os olhos para o alto, em oração. Isso durou por toda a Missa, embora não pudesse estar continuamente atento ao fato.
Desenhei precisamente o momento da oração Súplices te rogamos – Suplicantes Te rogamos, por ser mais fácil desenhá-lo.
Esta visão quer mostrar o fato de que a santa Missa é a maravilhosa renovação do sacrifício da cruz, e isto desde o começo até o fim, e que o amado Salvador faz suas as palavras do sacerdote.
O sacerdote goza do privilégio invejável de ser o representante visível do Divino Sacerdote. Ele, que na cruz se ofertou por nós, com infinito amor ao Pai Celeste, sobre o altar, faz o mesmo por meio do agraciado sacerdote, por Ele tão profundamente amado.
Tive que escrever e desenhá-lo.



No ósculo do altar, durante a oração quotquot ex bac altaris participacione – para que a participação deste altar, comprimi os lábios sobre sua chaga lateral. No Memento, vi o amável Salvador na cruz na minha frente. Quando já estive pronto com o Memento e queria prosseguir, notei que Ele me atraía para si.
Como eu temia novamente que fosse um jogo da imaginação, primeiramente resisti. Depois, percebi que era inútil resistir. Então cedi ao impulso do amável Salvador, desci mais e mais na profundidade.
O amável Salvador abraçou-me com seus dois braços e me deixou descansar bastante tempo em seu Sagrado Coração. Ao descrever esta demonstração de amor, não consegui evitar as lagrimas. Pedi ao amável Salvador, enquanto beijava afetuosamente minha cruz, que ele me concedesse ser-lhe fiel. Eu tive que desenhar e escrever tudo isso.

Ontem, pouco tempo depois de ter escrito o relatório, pareceu-me que o amável Salvador desenhava a segunda visão citada. Eu não queria negar-me, mas pretendia ser cauteloso e aguardar. 

Na Missa, preparei-me primeiramente contra qualquer fantasia. Mas durante o êxtase, depois da Consagração, vi primeiro a visão que eu tinha visto ontem. O amável Pai Celeste segurava a cruz em que estava o amável Salvador. De sua chaga lateral fluía novamente sangue, mas não em cima de mim, e sim, para o lado. Todavia, pouco a pouco a cena mudava. O jato de sangue tomou a minha direção e finalmente me alcançou. Também não ficou nisso.
O Salvador crucificado, ou melhor, ao Pai Celeste com o amável Salvador, inclinou-se um pouco para mim e, pareceu-me, fui em sua direção. Assim, estando eu um pouco acima do altar, bebi diretamente da chaga lateral o Santíssimo Sangue, que até agora eu só havia recebido em forma de jato. Tenho que escrever e desenhar isso. Graças sejam dadas ao Sagrado Coração de Jesus. Segundo êxtase, na Comunhão.
O significado é claro: o Santíssimo Sangue flui na Missa, primeiramente para todos, depois especialmente para o sacerdote, que tem a felicidade de beber o Santíssimo Sangue diretamente do Sagrado Coração de Jesus.

Na segunda missa, vi o Menino Jesus sobre o Corporal, após a Consagração. Logo depois, eu vi-o no meio de um sol radiante. Depois das muitas demonstrações de amor do Sagrado Coração de Jesus, logo no início da novena de Natal, não esperava, já por esse motivo, nenhuma nova graça: levo o Menino Jesus sempre comigo. Eu o vejo dentro de mim. Isso dá motivo a fortes impulsos de amor.
Fui de noite à igreja paroquial a fim de ouvir confissões e preparar as almas para receber o Menino Jesus. À 1h, deitei novamente. Após curto sono, acordei. O Menino Jesus estava dentro de mim. Eu o vejo e o abraço. Adormeço novamente. Acordo outra vez. O ardor de amor é quase insuportável. Vejo-me obrigado a escrever e desenhar isso.


Madalena: Rabboni. Meu Mestre no aniquilamento diante da Divina Majestade. Ideo quod perfectius esse cognovero faciam – Por isso farei o que for mais perfeito. Na santa Missa, dois êxtases de amor, mas ambos breves, na Consagração e na Comunhão.
No início da Consagração, notei, de repente, que o amável Salvador estava na cruz diante de mim. Porém não prestei mais atenção nisso. Afinal, poderia ser uma ilusão. Mas após a adoração da santa Hóstia, percebi, com clareza, o amável Salvador na cruz.
Assim que disse as primeiras palavras: Hic est – este é o cálice, caíram gotas do Santíssimo Sangue da chaga lateral para dentro do meu cálice. Quando prossegui: Calix sanguinis mei – cálice do meu sangue, o sangue jorrou abundante para dentro do cálice. Santa e consoladora verdade! O sangue de Jesus Cristo, Filho de Deus, jorra realmente, mesmo que oculto sob um véu, sob minha mão sobre o altar.
Que graça para mim que Ele se dignou retirar o misterioso véu e mostrar-me a realidade.

Na primeira parte da Consagração, percebi, exatamente como ontem, o amável Salvador da cruz. No início da consagração do cálice, novamente gotas e jato do Santíssimo Sangue para dentro do cálice. Logo me passou pela cabeça: é repetição. Mas de repente, o Santíssimo Sangue transbordou por cima da borda do cálice e se derramou sobre o corporal. Meu primeiro pensamento foi: ele está escorrendo para o Purgatório. Em todo caso, ele foi distribuído para toda a Igreja e para toda a humanidade.
Amável amor, pela vontade do teu Santíssimo Sangue, salva as almas, principalmente aquelas pessoas que morrem hoje.
Tenho que fazer o desenho e escrever isso. Na Comunhão, o amável Salvador na cruz estava novamente firme diante de mim e eu bebi novamente, como já em outra ocasião, o Santíssimo Sangue de sua chaga do lado.
A Hóstia em Grande Esplendor
2936 – 21 de janeiro de 1940. Dulcíssimo Coração de Jesus. Como no dia 1.1. Na santa Missa, dois êxtases de amor: na Consagração e na Comunhão.
2937 – 22 de janeiro de 1940. Dulcíssimo Coração de Jesus. Como no dia 1.1. Na Santa Missa, dois êxtases de amor: na Consagração e na Comunhão. Tudo isso apesar de ter que lutar constantemente contra a impaciência.
2942 – 27 de janeiro de 1940. Doce Coração de Jesus. Como no dia 1.1. Na santa Missa, dois êxtases de amor: na Consagração e na Comunhão.
2953 – 6 de fevereiro de 1940. Ó Doce Coração de Jesus. Como no dia 1.1. Na meditação, muitas lágrimas. Na santa Missa, dois êxtases de amor: na Consagração e na Comunhão.
2954 – 7 de fevereiro de 1940. Doce Coração de Jesus. Como no dia 1.1.
2958 – 11 de fevereiro de 1940. Dulcíssimo Coração de Jesus. Como no dia 1.1. Na meditação, muitas lágrimas. Na santa Missa, dois êxtases de amor: na Consagração e na Comunhão.
2960– 13 de fevereiro de 1940. Doce Coração de Jesus. Como no dia 1.1. Na meditação, muitas lágrimas. Na santa Missa, dois êxtases de amor: na Consagração e na Comunhão.
2978 – 2 de março de 1940. Dulcíssimo Coração de Jesus. Como no dia 1.1. Na meditação, muitas lágrimas. Na santa Missa, dois êxtases de amor breves: na Consagração e na Comunhão.
2981 – 5 de março de 1940. Doce Coração de Jesus. Como no dia 1.1. Na meditação, muitas lágrimas. Santa Missa.
2989 – 13 e 14 de março de 1940. Doce Coração de Jesus. Como no dia 1.1. Na Santa Missa, dois êxtases e amor: na Consagração e na Comunhão.
2990 – 15 de março de 1940. Nossa Senhora das Dores. Dulcíssimo Coração de Jesus. Na Santa Missa, dois êxtases de amor: na Consagração e na Comunhão.
3002 – 27 de março de 1940. Dulcíssimo Coração de Jesu
s. Como no dia 1.1. Na meditação, muitas lágrimas. Na santa Missa, dois êxtases de amor: na Consagração e na Comunhão.
3004 – 29 de março de 1940. Doce Coração de Jesus. Como no dia 1.1. Na meditação, muitas lágrimas. Na santa Missa, dois êxtases de amor: na Consagração e na Comunhão.


Logo depois da consagração da santa Hóstia, vi-a em grande esplendor e, em volta dela, um sol, mas apenas em volta da santa Hóstia. No entanto, logo desapareceu.
Quando eu ia para o quarto, pelo corredor, depois da santa Missa, vi dentro de mim, em grande esplendor, a Santíssima Trindade. Em volta de mim formou-se um sol, que me envolveu totalmente.
Eu tenho que desenhar e escrever isso.

Nas duas últimas visões, vi o amável na cruz e um anjo, que recolhia num cálice o sangue que vi correr na santa chaga do lado. Logo me veio à mente: isso eu já vi mais vezes, pelo menos algo parecido. Mas de repente, a cena se transformou numa outra que eu nunca vira e que nunca supunha nem esperava. 

O anjo colocou seu cálice cheio diante de mim no altar. Eu deveria, portanto, beber o sangue que ele acabara de recolher no cálice e que escorrera do lado vivo do amável Salvador. Era, portanto, o meu cálice da Missa. Muito bonito e piedoso. Prossegui com a santa Missa e bebi o verdadeiro Santíssimo Sangue.
Tive que desenhar isso, apesar do grande trabalho que me deu a segunda representação. Mas de nada adiantou. O Sagrado Coração de Jesus, em cuja honra eu rezei a santa Missa, insiste nisso. Também tenho que fazer o registro.
Eu disse que era o cálice da Missa. Mais precisamente foi assim: o anjo tinha um cálice, que trouxe cheio do Santíssimo Sangue para o altar, exatamente no lugar onde estava o cálice da Missa. Vi como o anjo inclinou um pouco o seu cálice da Missa, enquanto que a parte inferior dos dois ainda estava separada.
Além disso, não me lembro de ter visto algo mais. Portanto, é verdade: o anjo fez do seu e do meu cálice um único. Tive que acrescentar isso.


Ao receber a Comunhão, vi a santa Hóstia descer dentro do meu coração em forma de uma chama de fogo. Desta chama formou-se uma cruz chamejante com os braços iguais para cima e para baixo, para a direita e para a esquerda. Finalmente ela tomou a forma de uma cruz normal, em cuja haste minhas mãos estavam estendidas.
A graça da Comunhão faz o ser humano tomar a forma do Salvador que sofre. “Toda vez que comerdes deste pão e beberdes deste sangue, devereis anunciar a morte do Senhor”.
Eu tenho que fazer o desenho e escrever isso.

Nesta última, vi o amável Salvador sentado. Eu me ajoelhei diante dele e pude beijar sua mão esquerda. A visão perdurou inalterada até me convencer de que a posição de joelhos era expressamente a desejada. Apesar de todo amor que o Divino Salvador demonstra no sacerdote, ele não pode abrir mão das demonstrações de respeito, que convêm à sua Santíssima Majestade.
Quando Ele propicia ao sacerdote ir ao altar, este deve saber que isso é uma demonstração de graça, pela qual deve ser grato com toda humildade.
Eu tive que fazer o desenho e escrever isso. Posteriormente, acredito, ocorreu-me o verdadeiro sentido da visão que no início eu procurava inutilmente.
Hoje é terça-feira de carnaval, dia em que devemos pedir perdão ao amável e profundamente ofendido Coração de nosso Senhor. E nós também pedimos perdão através da adoração ao Santíssimo Sacramento, que hoje fica exposto durante o dia todo. Mas mesmo aí introduz-se, furtivamente, a falta de respeito. Ao terminar de fazer o desenho, fui visitar o amável Salvador no Santíssimo Sacramento exposto.
Ali vi um irmão, que estava limpando o pó dos bancos, e isso diante do Santíssimo exposto. Por isso eu lhe disse que tal coisa não convinha. Resposta: O Pe. Ministro me ordenou. Mas isso não convém, eu repeti, e fui para meu lugar. Quando o irmão prosseguiu no seu trabalho, não pude mais suportar esta falta de respeito. Disse-lhe que ele deveria deixar isso. Eu mesmo iria desculpá-lo junto ao Pe. Ministro, e fui imediatamente até ele. Como não o encontrei no quarto, quis evitar qualquer adiamento da desculpa. Escrevi algumas linhas, comunicando o que havia acontecido.
Com isso pedi desculpas tanto pelo irmão, quanto por mim. O Pe. Ministro me procurou sem demora e eu lhe pedi desculpas novamente.

Antes da Consagração, vi o amável Salvador na cruz, bem diante de mim, os olhos voltados para o céu, como para dizer: Quem irá me proteger contra desrespeitos? Pois eu pensava sempre no acontecimento de ontem e receava que era melhor ter deixado as coisas como estavam ao invés de prejudicar a autoridade do Pe. Ministro.
Mas após minhas primeiras palavras, já não havia mais nada a fazer. De qualquer forma, eu o fiz da melhor maneira possível. Após a Consagração, o amável Salvador inclinou-se da cruz e me abraçou como no dia 14 de julho de 1939. Tive que escrever e desenhar isso.


N
o ofertório do cálice, vi saírem do Coração do Crucificado na cruz do altar, raios que desceram sobre o cálice e sobre mim. Eles deveriam dar a entender que o sacerdote, com seu sacrifício, proporciona honra e alegria ao amável Salvador. Ao elevar a santa Hóstia, desceram raios de luz em minha direção. O santo Sacrifício é oferecido pelo Sagrado Coração de Jesus ao sacerdote, também para sua própria santificação.

Tive que fazer o desenho e escrever isso.


Nesta última, vi o Divino Salvador na cruz, o Espírito Santo sobre ele, o Pai Celeste segurando nas mãos o amável Salvador crucificado. Eu mesmo estive envolto em chamas de amor, que cercavam também a Santíssima Trindade. Em torno da chama de amor, vi alguns anjos, admirados, olhavam para o amor ilimitado que a Santíssima Trindade demonstrava ao sacerdote.
Com efeito, ele está unido a Ela através do amor. Ele também lhe agrada especialmente quando, na Comunhão, se une ao sacrifício, que acabou de oferecer.
Eu tenho que fazer o desenho e escrever isso.

Vi o amável Salvador como Eu queria reprimir isso. Mas não deu. Também no Santíssimo Sacramento, o amável Salvador foi maltratado e desprezado, foi um homem do sofrimento. E quantas vezes sofreu isso até das almas que estão ligadas a Ele por profundo amor.Ecce homo, mais ou menos três vezes.


Quando, no início da santa Missa, pisei do degrau do altar, desceu uma torrente de fogo sobre mim. Certamente, uma demonstração de quão agradável é para a Santíssima Trindade o sacrifício que o sacerdote está para oferecer, mas também quanto preparo Deus exige do sacerdote, pois pede até mesmo fervor de fogo, para celebrar dignamente.
Também no início, notei como o ardor de fogo desceu.
Aconteceu o mesmo quando, no Ofertório, lavei as mãos. Novamente vi a chama de fogo que veio sobre mim. E de repente vi meu coração iluminar-se com grande brilho, mas apenas por um instante.Cor mundum crea in me Deus. Lavabo inter innocentes manus meas – Cria em mim um coração puro.
Entre os inocentes lavarei as minhas mãos. Faz-se alusão ao efeito de lavar as mãos. Das mãos se transfere a pureza ao coração.
Na santa Missa, dois êxtases de amor: na Consagração e na Comunhão. Eu tenho que fazer o desenho e escrever isso.

Na oferta do cálice, vi-o, de repente, dentro de uma chama de fogo que se elevou, mas apenas brevemente.
Primeiro, eu não queria escrever nada sobre isso. Mas não há sossego enquanto o desenho e a descrição não forem feitos mesmos já à tardinha. O Sagrado Coração de Jesus assim o quer.
Deve ser o significado das palavras que o sacerdote diz durante o sacrifício do cálice: que cálice se eleve como agradável perfume.
A Mãe de Deus em Grande Esplendor


Um pouco antes da Consagração, vi a amável Mãe de Deus em grande esplendor como Imaculada, apesar de hoje termos a festa em honra ao seu sofrimento.
Ontem escrevi uma carta ao nosso assistente em Roma, Pe. Crivelli, sobre um livro “Chamas Divinas”, em que são atribuídas ao Divino Salvador coisas que não estão bem de acordo com a pureza angelical. Escrevi num tom de certa indignação.
Hoje de manhã, quando estava no confessionário, pensei: não sei mais como chegar ao Menino Jesus. Eu sentia, como já aconteceu uma vez no passado, seu bracinho pousando no meu pescoço e a pressão do seu bracinho como se Ele quisesse agradecer-me por ter tomado a defesa de sua honra e pureza.
Depois, visitei o Santíssimo Sacramento na nossa capela da Mãe de Deus. Ali percebi, novamente, quanto me recordo, a mesma carícia do Menino Jesus, porém não tão claramente.
De repente, a amável Mãe de Deus estava ali pessoalmente e me entregou o seu divino Menino de quem eu recebera a carícia. Creio que foi assim. Foi tudo muito rápido.
Tive que escrever e desenhar isso. Certamente a Imaculada queria mostrar, através desta afável bondade, a sua satisfação.


Logo após a Consagração, na oração Unde et memores – por isso, lembrados, vi, durante as palavras: et plebs tua sancta – e teu povo santo, a santa Igreja e uma multidão interminável de fiéis atrás de mim, pelos quais eu rezava como sacerdote do Altíssimo.
Quando dava a última bênção, vi uma incontável multidão. A Bênção da santa Missa vale evidentemente para toda a santa Igreja. Pois o sacerdote tem que dar a bênção, também quando reza a Missa sozinho.
Eu tenho que escrever e fazer o desenho.

Na primeira, quando levantei minhas mãos no êxtase de amor, vi-me, de repente, na cruz com os braços abertos.
O mesmo se repetiu após a Comunhão. Christo confixus sum cruci. Estou pregado com Cristo na cruz. Assim como o amável Salvador está pregado na cruz de maneira misteriosa na santa Missa, assim também o sacerdote está pregado com Ele.
Na Comunhão, ele se transforma totalmente no Divino Salvador, que sofre. Eu tenho que fazer o desenho e escrever isso.
Fonte: Últimas e Derradeiras Graças
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